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DIVERSIDADE Notícia da edição impressa de 24 de Novembro de 2020.

Mulheres representam 8,6% do total da corporação dos Bombeiros

Pesquisa, realizada por Tatiane Freitas, teve o intuito de mostrar as desigualdades e desafios na formação

Pesquisa, realizada por Tatiane Freitas, teve o intuito de mostrar as desigualdades e desafios na formação


/UNIVATES/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Um estudo, realizado no curso de Direito da Universidade do Vale do Taquari (Univates),pesquisou a igualdade de gênero e o acesso feminino à carreira no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. O levantamento teve como objetivo identificar as características de acesso que as mulheres têm à carreira e, ainda, a existência da desigualdade de gênero na realidade vivida pelas mulheres bombeiras militares e quais são os desafios para enfrentar essa adversidade.
Um estudo, realizado no curso de Direito da Universidade do Vale do Taquari (Univates),pesquisou a igualdade de gênero e o acesso feminino à carreira no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. O levantamento teve como objetivo identificar as características de acesso que as mulheres têm à carreira e, ainda, a existência da desigualdade de gênero na realidade vivida pelas mulheres bombeiras militares e quais são os desafios para enfrentar essa adversidade.
As experiências da estudante Tatiane Cezimbra Freitas, de Arroio do Meio, atuando na corporação há quatro anos a motivaram a realizar a pesquisa. Para ela, ainda há muito espaço para ampliar a participação feminina na área, garantir condições de equidade e erradicar o preconceito e a desigualdade.
Conforme dados oficiais do site do Corpo de Bombeiros,, atualmente são 2.720 militares em atividade. Desse número, 236 são mulheres, ou seja, apenas 8,6% do total. Das 236 mulheres atuantes, 52,11% responderam ao questionário aplicado por Tatiane. Foram 123 respostas, que permitiram que a jovem identificasse que cerca de 70% das entrevistadas relataram perceber desigualdade de gênero na instituição.
A pesquisa ainda contemplou a realização de entrevista com as três primeiras mulheres a ingressar no CBMRS, que relataram a luta para serem aceitas e respeitadas na instituição. As entrevistadas, a partir das respostas analisadas pela estudante, indicaram perceber indícios de resistência e hostilidade à sua chegada na corporação, fato também vivenciado por 57,7% das participantes do estudo.
As primeiras mulheres a ingressar nas corporações também descreveram a necessidade de lutar para provar a capacidade de exercer a profissão como qualquer colega homem. "A desigualdade de gênero resulta de uma cultura patriarcal que ainda prepondera nas relações profissionais", explica a estudante.
A professora Elisabete Cristina Barreto Müller, orientadora do trabalho, observa a importância de discutir esse tipo de problemática no contexto acadêmico. "Se buscamos um mundo melhor, de respeito e solidariedade, não há outro caminho que não o da igualdade", relata. A igualdade de gênero é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
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