Com o objetivo de desenvolver um alimento diferenciado, três profissionais da área do agronegócio juntaram forças para empreender, criando a "Horta Cor & Sabor". No início deste ano o projeto foi pré-incubado no Parque Científico e Tecnológico da Universidade de Passo Fundo (UPF), e em agosto, após passar por processo seletivo, o projeto foi incubado no Parque.
A agricultura é um dos principais beneficiados por novos recursos tecnológicos, equipamentos e técnicas, e a empresa criada pela bióloga Dielli Aparecida Didoné, pela engenheira agrônoma Marilei Suzin e pela engenheira agrônoma Marilia Rodrigues de Silva tem o objetivo de inovar por meio da produção de hortaliças. "A Horta Cor & Sabor nasceu de uma amizade, uma parceria profissional da área de agronomia e biologia e, principalmente, pesquisa", explicaram as empreendedoras.
Conforme Marilia, muitas vezes, a agricultura é vista como contrária ao meio ambiente e a vontade de mostrar como que ela pode fazer a diferença, contribuindo para a saúde das pessoas, fez com que o projeto tivesse início. "A vontade de contribuir com a sociedade por meio da produção limpa de hortaliças, ou seja, sem contaminantes químicos e biológicos, por meio de um processo sustentável e inovador, visando saúde e nutrição, foi como surgiu a empresa e, por isso, o nosso slogan 'Horta Cor & Sabor - sua vida mais saudável e colorida'", explicou Marília.
As empreendedoras semearam as primeiras sementes há poucas semanas. A partir daí, inicia a fase de testes e produção. Entre os alimentos a serem desenvolvidos estão as hortaliças coloridas e exóticas, como cenouras, couve-flor, acelgas, beterrabas, rabanetes, brócolis e alfaces próprias para hambúrgueres. As alfaces serão colocadas no mercado de acordo com suas propriedades nutricionais e aptidões culinárias, com rastreabilidade por meio da utilização de QR code. "Uma importante inovação no nosso projeto são as hortaliças biofortificadas com vitamina B12. Esta vitamina é muito importante para vários processos metabólicos do nosso organismo e fundamental para pessoas que seguem dietas específicas, como veganas e vegetarianas, por exemplo", explicaram.
Conforme Marília, essa técnica de enriquecer os vegetais não ocorre por meio de manipulação genética, ou seja, não é uma transgenia. "Este trabalho está sendo realizado em parceria com professores dos cursos de Agronomia e Nutrição, onde também é possível a participação de estudantes de projetos de pesquisa", conta.
De acordo com as empreendedoras, é possível aliar desenvolvimento e sustentabilidade e a empresa busca estar alinhada com as metas globais da Agenda 2030. "Além do setor gerar renda, é possível fazer tudo isso preservando o ambiente. Nossa empresa também está aliada a esta luta, que é de acabar com a fome, alcançar segurança alimentar e melhoria da nutrição", explicou Marília.