Com a publicação de um decreto, por parte do governo do Estado, que trata de novas medidas sanitárias, de forma segmentada, a Gramadotour, autarquia que organiza o Natal Luz,
pode rever os planos de não fazer espetáculos com público no evento, que começa no dia 22 deste mês. O decreto libera o espetáculo Illumination, no Lago Joaquina Rita Bier, desde que alguns requisitos sejam alcançados.
O show só poderá acontecer após o retorno presencial das aulas; 14 dias seguidos, sem bandeira vermelha ou preta em Gramado, antecedentes ao show. Além disso, 35% de lotação total do espetáculo é permitida e os demais protocolos sanitários gerais, como disponibilização de álcool em gel, uso de máscara obrigatório e distanciamento social.
Conforme o governador Eduardo Leite havia anunciado há alguns dias, serão divulgadas nesta semana as regras para a liberação de eventos de maior porte - como atividades culturais, feiras e shows - em municípios que se localizam em regiões com bandeira laranja (risco epidemiológico médio) ou amarela (risco epidemiológico baixo) há pelo menos duas semanas consecutivas. A medida será possível em virtude da redução de hospitalizações e de óbitos causados pela Covid-19 em todas as regiões.
Para o presidente da Gramadotur, Rafael Carniel de Almeida, a liberação do Estado possui condicionantes sérias, cujas respostas não dependem apenas da vontade da organização. "Precisamos de respostas do município sobre prazos e condições para retorno irrestrito do ensino presencial, e pelo que soube, esta situação vem sendo conduzida em conjunto com a Amserra. A partir dessa previsão de data e do risco de mudanças de bandeira, que podem acarretar pedidos de devolução de ingressos, precisamos estimar se o espetáculo seria financeiramente viável. A pandemia ainda não acabou", afirma Carniel.
Ele ressalta que Gramado precisa aumentar o controle para recebermos mais turistas, e não fragilizá-lo. "Considero que condicionar um show de Natal, que já está repleto de protocolos, ao retorno de aulas presenciais, é um erro, sobretudo porque pode nos empurrar para agravações de bandeira que prejudicariam a continuidade do próprio espetáculo", avalia o presidente da Gramadotur.