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MEIO AMBIENTE Notícia da edição impressa de 17 de Setembro de 2020.

Plástico se torna comum na água das cidades gaúchas

Pesquisa, focada inicialmente no Vale do Sinos e litoral do Estado, identificou micropartículas nos rios

Pesquisa, focada inicialmente no Vale do Sinos e litoral do Estado, identificou micropartículas nos rios


/MARINA ZIMMER CORREA/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Os resíduos de origem plástica podem, desde sua produção, acabar atingindo os ecossistemas naturais. Pesquisas sobre essa temática têm aumentado exponencialmente nos últimos anos, principalmente no que se refere à poluição marinha e aos impactos ambientais que os resíduos provocam às espécies aquáticas. No entanto, assim como existem os resíduos gerados localmente (nas cidades litorâneas), eles podem ser transportados até as áreas oceânicas e existem diversas vias que levam essa poluição até lá.
Os resíduos de origem plástica podem, desde sua produção, acabar atingindo os ecossistemas naturais. Pesquisas sobre essa temática têm aumentado exponencialmente nos últimos anos, principalmente no que se refere à poluição marinha e aos impactos ambientais que os resíduos provocam às espécies aquáticas. No entanto, assim como existem os resíduos gerados localmente (nas cidades litorâneas), eles podem ser transportados até as áreas oceânicas e existem diversas vias que levam essa poluição até lá.
Com o objetivo de detectar a presença destes resíduos, tanto na região litorânea média do Estado, quanto no Rio dos Sinos - que podem ser levados até o oceano - a Universidade Feevale desenvolve projetos de pesquisa na área dos plásticos. Tratam-se de investigações que contribuirão para os estudos na área do meio ambiente no Rio Grande do Sul.
A acadêmica do mestrado em Qualidade Ambiental, Jenifer Panizzon, após coletar amostras de água e sedimento ao longo do Rio dos Sinos, encontrou diversos pequenos microplásticos nos três pontos de coleta, que se localizam nos municípios de São Leopoldo, Parobé e Caraá. A pesquisa tem como um dos objetivos analisar quais os potenciais efeitos ecotoxicológicos que essa contaminação pode causar aos seres vivos e à saúde humana.
As amostras foram processadas no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Limpas da universidade e, após filtrados à vácuo em membranas de acetato celulose, as partículas foram visualizadas, contadas e identificadas com auxílio de literatura específica, em um estereomicroscópio. Os resultados preliminares da pesquisa mostram que existem pequenos microplásticos tanto na água quanto no sedimento e estima-se que sejam em grande quantidade. As microfibras foram as formas mais encontradas e em maior quantidade em todas as amostras, nos três pontos analisados. A pesquisa segue, agora, para a etapa de caracterização dessas partículas, a fim de saber a composição química e, consequentemente, a que tipo de plástico pertencem.
Litoral
Já no litoral gaúcho, uma pesquisa feita pela a aluna de graduação em Ciências Biológicas, Marina Zimmer Correa, tem realizado coletas dos resíduos encontrados em três pontos distribuídos em uma faixa de praia de, aproximadamente, 30 quilômetros. Abrangendo as cidades de Mostardas e Tavares, a região tem um dos pontos de coleta inserido em uma Unidade de Conservação de importância internacional, o Parque Nacional da Lagoa do Peixe.
O diagnóstico da poluição se dará por meio da quantificação dos itens e objetos coletados e da sua classificação em tipo de material, tais como plástico, tecido, vidro/cerâmica, metal, papel/papelão, borracha e madeira, e prováveis fontes, tais como pesca, uso local ou doméstico. Apesar do enfoque ser nos macrorresíduos, o trabalho também aborda os grandes microplásticos, que variam de 1 a 5 milímetros de tamanho, são visíveis a olho nu e encontrados durante as coletas em campo, em especial os pellets, plástico virgem em formato de esferas e utilizado como matéria-prima pela indústria.
Até o momento, o trabalho já pôde identificar o plástico como o material de maior abundância, a pesca como uma das maiores fontes dos resíduos amostrados e os pellets como os grandes microplásticos mais encontrados. O trabalho conta com o apoio do Parque Nacional da Lagoa do Peixe e com a parceria do Instituto Curicaca, organização não governamental que desenvolve projetos de educação ambiental, gestão de resíduos sólidos, ecoturismo e desenvolvimento sustentável na região. 
De acordo com a professora e pesquisadora Vanusca Dalosto Jahno, os resíduos encontrados no meio ambiente podem ser de vários tamanhos, formas e cores e são provenientes de muitos tipos de produtos plásticos, utilizados no dia a dia em nossas atividades sociais. Desde a indústria e antes mesmo de ser consumido, um produto feito de resinas poliméricas provenientes de recursos naturais fósseis, como é o caso do plástico virgem (que é fabricado a partir do petróleo), pode contaminar os recursos hídricos e o seu descarte incorreto, após o consumo, configura mais uma fonte de contaminação. "Da mesma forma, as redes de pesca, por exemplo, ao serem descartadas em alto mar ou mesmo na areia da praia, podem causar problemas aos organismos vivos", explica.
 
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