A prefeitura de Pelotas formalizou a contratação do aluguel de três conjuntos de equipamentos utilizados na composição de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), dedicados a pacientes contaminados pelo novo coronavírus. A iniciativa garante a ampliação, prevista no Plano Municipal de Enfrentamento à Pandemia, de 30 leitos de UTI Covid-19 na cidade até o próximo mês.
A prefeita Paula Mascarenhas destaca que a decisão pela contratação, fundamentada nas previsões do Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), foi o aumento dos casos relacionados à Covid-19 e a necessidade de internações. "Para não corrermos riscos e termos o nosso sistema de saúde esgotado em pouco tempo, nós tomamos essa decisão. Sabemos que o custo é considerável, mas optamos por valorizar a saúde e a vida dos pelotenses", destaca a prefeita Paula.
Segundo a secretária de Saúde, Roberta Paganini, os novos leitos serão montados na ala Covid do Hospital-Escola (HE) da UFPel, ampliando das atuais 20 para 50 espaços nesta unidade. "Temos espaço previsto para 63 UTIs 'adulto', então a partir do momento que começarmos a receber os equipamentos, iremos disponibilizar os novos leitos", explica a secretária. Ainda não existe uma data para a chegada dos kits, já que os respiradores, itens essenciais nestes leitos de alta complexidade, estão em falta no mercado.
Pelotas tem, hoje, 31 leitos destinados ao tratamento intensivo de pacientes confirmados para Covid-19, sendo 20 no HE (para adultos), cinco no Centro Covid (designados a crianças) e seis na Santa Casa (disponíveis a pacientes com plano de saúde). Para casos menos graves, 58 leitos de enfermaria estão distribuídos nas três unidades de saúde de referência, totalizando 89 leitos Covid.
O plano de ampliação das vagas hospitalares para pessoas contaminadas pelo novo coronavírus em Pelotas é alcançar a marca de 302 leitos disponíveis para tratar a Covid-19, entre os quais 88 de UTI, complementação que depende do envio de 20 respiradores prometidos pelo Ministério da Saúde. O contrato, com validade de seis meses, prevê o aluguel mensal de R$ 717 mil. O investimento total é de R$ 4,3 milhões. A locação será paga com recurso disponibilizado pelo governo federal para controle e combate ao novo coronavírus.