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NOVO HAMBURGO Notícia da edição impressa de 27 de Fevereiro de 2019.

Exposição celebra pioneiros do design de calçados da cidade


ANA KNEVITZ/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Três dos principais designers de calçados de Novo Hamburgo são celebrados na exposição Legados e memórias: Museu Nacional do Calçado, que comemora os 20 anos de fundação da instituição e os 50 anos da Universidade Feevale. A mostra, que tem curadoria de Ida Helena Thön, inaugura com um coquetel para convidados na noite de hoje. Amanhã, a mostra abre para o público, apresentando peças que dimensionam o trabalho de Ruy Chaves, José Maria Carrasco Menna e Carlos Gilberto Simon.

Três dos principais designers de calçados de Novo Hamburgo são celebrados na exposição Legados e memórias: Museu Nacional do Calçado, que comemora os 20 anos de fundação da instituição e os 50 anos da Universidade Feevale. A mostra, que tem curadoria de Ida Helena Thön, inaugura com um coquetel para convidados na noite de hoje. Amanhã, a mostra abre para o público, apresentando peças que dimensionam o trabalho de Ruy Chaves, José Maria Carrasco Menna e Carlos Gilberto Simon.

O Museu Nacional do Calçado (MNC) conserva a memória da atividade coureiro-calçadista do País. Ida, que coordena o museu, explica que a mostra foi concebida para evidenciar por meio de calçados, fotografias e troféus a importância que o trio de criadores tem na história do setor coureiro-calçadista do Vale do Sinos. Ao mesmo tempo, o pioneirismo deles é associado ao da Feevale, que há meio século impactou os processos educacionais da região.

A história da produção de calçados na região remonta a 1797, quando Nicolau Becker instalou o primeiro curtume em Novo Hamburgo. Outro marco foi a criação, por Pedro Adams Filho, da primeira fábrica de calçados do Vale do Sinos, em 1898.

Na década de 1960, Chaves, Simon e Carrasco estabeleceram um novo patamar de qualidade e refinamento. "Antes deles, só se produziam peças pretas e marrons, além de brancas para as noivas", lembra Ida. "Eles começaram a usar cores e materiais diferenciados".

Chaves (1911-1998) foi o primeiro estilista de calçados de Novo Hamburgo, sua terra natal, e o "grande inovador", nas palavras de Ida. Estabeleceu parâmetros inéditos de criatividade a partir da fábrica batizada com o nome dele. Em sociedade com Pedro Adams Neto, ainda lançou outra fábrica, a Grande Gala. Não produzia em larga escala, pois seu foco era outro, mais refinado. Muito celebrado, primeiras-damas e artistas, como Hebe Camargo, escolhiam suas peças.

Sem medo de ousar, Chaves projetou internacionalmente seu nome e o da cidade. Criava modelos com os mais variados materiais, incluindo escamas de peixe. Um detalhe: suas peças eram perfumadas com uma fragrância exclusiva. Ele é uma das poucas pessoas que receberam duas vezes (1971 e 1972) o prêmio de melhor estilista do mundo da Academia Italiana de Designer, considerado o Oscar do calçado.

Carrasco (1924-2008), natural da Espanha, chegou ao Brasil com 28 anos e tornou-se um dos grandes nomes do design de calçados. Em 1954, passou a viver em Novo Hamburgo, em decorrência da expansão da indústria calçadista do Vale do Sinos. Além da atividade criativa, prestou diversos serviços de assessoria em maquinários e inovou processos de fabricação. Em 1958, desenvolveu o primeiro calçado de plástico injetado do mundo. Também idealizou a primeira esteira industrial para produção de calçados do Brasil. Ida comenta que ele fazia questão de dizer que criava "999 modelos por semestre, não mil". Para apresentar as peças, durante a Feira Nacional do Calçado (Fenac), promovia concorridos desfiles em sua residência.

Simon (1942), natural de São Leopoldo, era um estilista com experiência internacional e se tornou grande incentivador da fundação do museu, tanto que foi a primeira pessoa a doar peças para o acervo da instituição. Sua trajetória começou em 1967 na empresa Czarina, da qual foi sócio e estilista.

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