O porte de armas é garantido pela Constituição, mas muitos especialistas, ativistas e políticos defendem maior controle de acesso, como medidas para impedir que pessoas com problemas psicológicos ou histórico de violência tenham acesso a armamentos de alto calibre. No entanto, políticos ligados ao Partido Republicano costumam barrar medidas nesse sentido, pois veem o direito a se armar como um símbolo de liberdade a ser preservado.
Número de ataques a tiros vêm aumentando nos EUA
Enquanto isso, vários indicadores mostram que o número de ataques a tiros vêm aumentando. Dados do jornal Education Week apontam que 2021 foi o ano com mais tiroteios em colégios norte-americanos desde 2018, quando o veículo começou a monitorar o assunto. Foram 28 episódios com ao menos uma pessoa morta ou ferida contra dez em 2020, quando as escolas estavam fechadas devido à Covid, e 24 em 2019 e 2018.
O caso recente de maior repercussão se deu em dezembro, em uma escola de Oxford, cidade próxima a Detroit, em Michigan. Quatro estudantes, com idades entre 14 e 17 anos, morreram e outros seis ficaram feridos, além de um professor. O autor do ataque, um jovem de 15 anos, foi acusado de homicídio e ato terrorista e poderá passar o resto da vida na prisão, pois é processado como se fosse maior de idade.
Nesta segunda (23), relatório divulgado pelo FBI, a polícia federal norte-americana, mostrou que o número de incidentes provocados por atiradores dobrou nos Estados Unidos nos últimos três anos. O documento registra que, em 2018, foram contabilizadas 30 ações perpetradas por um ou mais indivíduos com a intenção de matar em áreas populosas. Em 2021, esse número chegou a 61.
A velocidade de crescimento dos episódios também subiu. Em 2019, a cifra se manteve estável em relação ao ano anterior, em 30 casos - em 2017, foram 31-, mas subiu para 40 em 2020, aumento de 33%. Na sequência, houve um salto de 52,5% nos registros em 2021, de acordo com o relatório do FBI.