Ele é naturalizado ucraniano e joga pelo famoso Shakhtar Donetsk, time que forneceu muito pé-de-obra para a Seleção Brasileira nos anos 2010. Também defende a seleção do país.
O time, como o nome diz, ficava na capital da autoproclamada República Popular de Donestk, surgida da guerra civil que atingiu as áreas de maioria russa étnica do Donbass (leste ucraniano), em 2014. Desde então, a equipe mudou-se para perto de Lviv, na outra ponta do país.
A evacuação eventual de brasileiros, uma comunidade que não chega a 500 pessoas na Ucrânia, será uma grande dor de cabeça para a embaixada local. A representação está preparando uma ação, mas depende basicamente da evolução da operação militar. Ela pegou a todos na região, dos dois lados da fronteira, de surpresa apesar dos alertas ocidentais.
Na Rússia, a embaixada brasileira tem cerca de 200 estudantes em contato, parte deles nas regiões mais próximas da Ucrânia, como Rostov. Eles foram orientados a informar dados e contatos para o caso de uma retirada ser necessária.
Novamente, é um pesadelo logístico. A Rússia fechou o tráfego aéreo na região sul do país, incluindo 12 aeroportos -o maior deles, de Rostov-do-Don, incluso.
Por ora, contudo, a chance de o conflito se estender no caminho contrário, em direção à Rússia, parece nenhuma. Como disse um empresário brasileiro que vive em Moscou, se as sirenes tocarem na cidade como tocaram em Kiev, não adiantará muito querer fugir: estaremos falando de um ataque nuclear.