O furacão Ida provocou ao menos uma morte no estado norte-americano da Louisiana, de acordo com autoridades locais. Delegados do Escritório do Xerife de Ascension Parish atenderam a uma ocorrência de queda de árvore próximo a Baton Rouge e confirmaram a morte de uma pessoa no local. A vítima, a primeira atribuída ao furacão, não foi identificada.
Mais de 12 horas após tocar o solo, o Ida perdeu força e passou à categoria 1, em uma escala que vai até 5, de acordo com a velocidade dos ventos. A tempestade tinha ventos de até 120 km/h na madrugada desta segunda-feira (30), mas já perde força.
Nesta madrugada, o epicentro do Ida estava 70 quilômetros ao sudoeste de McComb, uma cidade da região sudoeste do Mississippi. Mais cedo, ao passar pela Louisiana, o furacão deixou mais de 1 milhão de pessoas sem energia elétrica, incluindo os moradores da cidade de Nova Orleans.
A tempestade derrubou o fornecimento de energia em toda Nova Orleans, levantando telhados e revertendo o fluxo do Rio Mississippi. A empresa de energia elétrica da região, a Entergy, confirmou que as únicas fontes de eletricidade eram os geradores, de acordo com o Escritório de Segurança Doméstica e Preparo para Emergências. A mensagem do órgão incluía a reprodução de uma tela que citava "um dano catastrófico na transmissão" como causa do blecaute.
A cidade utiliza a energia fornecida pela Entergy como fonte de emergência para as bombas que removem das ruas a água trazida por tempestades. Esse sistema deve passar por um teste com o furacão Ida.
Ao todo, mais de 1 milhão de consumidores estavam sem energia em dois Estados do Sul dos EUA impactados pelo furacão - Louisiana e Mississippi -, sendo que mais de 930 mil delas vivem na Louisiana, de acordo com informações da ferramenta PowerOutageUS, que monitora apagões elétricos no país.
Segundo autoridades, a rápida evolução (em cerca de 3 dias) do Ida do status de tempestade tropical para o de furacão não deixou tempo para que os 390 mil moradores de Nova Orleans fossem retirados da cidade. O furacão chegou à região na mesma data em que, há 16 anos, o Katrina devastou Nova Orleans.
Desde que chegou à costa norte-americana, o Ida atingiu um dos mais importantes corredores industriais do país, lar de grandes plantas de produção petroquímica. O Departamento de Qualidade Ambiental da Louisiana entrou em contato com 1.500 refinarias, indústrias químicas e outras instalações para monitorar possíveis vazamentos.