A cédula nas eleições presidenciais do Irã, da próxima sexta-feira (18), terá sete nomes, mas o vencedor dificilmente surpreenderá o país. Após o Conselho dos Guardiões ter descartado mais de 600 candidaturas, Ebrahim Raisi permaneceu como o grande favorito em uma disputa que deverá consolidar a força dos ultraconservadores no poder, após oito anos da presidência de um moderado.
Raisi já era o nome preferido do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, desde 2017, quando ele disputou o cargo contra o atual presidente, Hassan Rohani, mas acabou derrotado, para a surpresa dos conservadores. Desta vez, Khamenei, quem de fato tem a última palavra, não quis correr riscos.
O Conselho - que decide quem pode ou não concorrer - rejeitou as candidaturas de nomes tradicionais da política iraniana. Ficaram de fora, por exemplo, o ex-presidente do Parlamento Ali Larijani e o falastrão ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad que, contrariado, foi às ruas protestar e defender o boicote à eleição.