Durante as próximas quatro semanas, as pessoas poderão sair de casa, mas não poderão se afastar mais que 10 km de suas casas. "As regras do jogo são claras" e baseiam-se no 'bom senso' e não na infantilização", disse ele.
"São medidas para parar o vírus sem nos aprisionar", afirmou Castex, pedindo às pessoas que sejam "hiper-rigorosas" em reuniões privadas e continuem adotando todos os comportamentos básicos para evitar o contágio. Segundo o premiê, restrições são necessárias porque a França está entrando numa terceira onda de contaminação, principalmente por causa de variantes mais transmissíveis.
Nas últimas 24 horas houve 38 mil novas contaminações confirmadas no país, contra 35 mil no dia anterior.
Ao mesmo tempo, o governo francês reduziu a duração do toque de recolher em todo o país. A partir de sábado (20), ele começa agora às 19h, em vez de das 18h, e se estende até as 6h. "Trata-se de possibilitar estar mais tempo na rua, mas não é para confraternizar nem para ir fazer festa com os amigos", afirmou Castex.
As novas medidas para Paris foram tomadas porque a taxa de incidência de novos casos subiu 23% em uma semana, para 446/100 mil habitantes, elevando a pressão sobre os hospitais. Escolas e faculdades ficarão abertas durante o confinamento leve, e colégios de ensino médio terão carga horária reduzida. Atividades extracurriculares também são autorizadas. Lojas de produtos essenciais podem abrir, o que inclui as livrarias e as que vendem artigos musicais.
Viagens inter-regionais estão proibidas a não ser a trabalho ou em emergências, e Castex pediu às empresas que promovam o trabalho remoto. Quando isso não for possível, o primeiro-ministro advertiu que os trabalhadores não apareçam no escritório com suspeita de contaminação. De acordo com o ministro, metade das infecções nos locais de trabalho são causadas por pessoas que vão para a empresa apesar de já estarem com sintomas de Covid-19.