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Internacional

- Publicada em 14 de Janeiro de 2021 às 09:17

Banir Trump foi a decisão certa, mas abre precedente perigoso, diz CEO do Twitter

Jack Dorsey considera os banimentos 'uma falha em promover uma conversa saudável'

Jack Dorsey considera os banimentos 'uma falha em promover uma conversa saudável'


Jim WATSON/AFP/JC
O presidente do Twitter, Jack Dorsey, afirmou nesta quarta-feira (13) que a decisão de banir Donald Trump plataforma após a invasão ao Congresso dos Estados Unidos na semana passada foi correta, mas abre um precedente perigoso.
O presidente do Twitter, Jack Dorsey, afirmou nesta quarta-feira (13) que a decisão de banir Donald Trump plataforma após a invasão ao Congresso dos Estados Unidos na semana passada foi correta, mas abre um precedente perigoso.
Em uma publicação na rede, Dorsey afirmou que "não comemora nem sente orgulho" de ter banido Trump, apesar de reconhecer que o caso se tornou "uma circunstância extraordinária e insustentável" que obrigou a empresa, segundo ele, a "focar todas as ações na segurança pública".
"Acredito que essa foi a decisão certa para o Twitter", escreveu Dorsey. "Os danos offline resultantes da fala online são comprovadamente reais, e impulsionam nossas políticas e a aplicação delas acima de tudo."
O CEO da plataforma disse, entretanto, que considera os banimentos "uma falha em promover uma conversa saudável", embora existam "exceções claras e óbvias".
"Ter que realizar essas ações fragmenta a conversa pública. Elas nos dividem. Elas limitam o potencial de esclarecimento, redenção e aprendizado. E abrem um precedente que considero perigoso: o poder que um indivíduo ou empresa tem sobre uma parte das conversas públicas globais", afirmou.
Dorsey acrescentou que aqueles que não concordam com as regras do Twitter "podem simplesmente procurar outro serviço de internet", embora tenha ressaltado que outras empresas "também decidiram não hospedar o que consideram perigoso", em referência às ações de banimento tomada por outros gigantes da tecnologia, como Facebook e Youtube.
"Este momento pode exigir essa dinâmica, mas a longo prazo será destrutivo para o nobre propósito e os ideais da Internet aberta. Uma empresa que toma a decisão de se moderar é diferente de um governo que remove o acesso, mas a sensação é mesma."
Folhapress
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