O clima de tensão em Washington, capital dos Estados Unidos, aumentou na tarde desta quarta-feira (6), dia em que uma sessão parlamentar conjunta, de deputados e senadores, iria certificar a eleição de Joe Biden como novo presidente do País. Manifestantes pró-Trump invadiram o Capitólio, obrigando que a sessão fosse interrompida, com os congressistas se retirando para seus gabinetes.
A sede do Congresso entrou em lockdown, com ninguém entrando e ninguém saindo. Imagens da TV mostravam agentes de segurança armados se posicionando no telhado do Capitólio enquanto centenas de pessoas tomavam as escadarias do Congresso.
Donald Trump incitou durante toda a semana manifestantes a tomarem a capital federal para pressionar os congressistas a não confirmarem a vitória de Biden nas eleições de novembro do ano passado.
Parlamentares republicanos, do partido do presidente, foram às redes sociais apontar uma tentativa de golpe promovida por Trump. “É uma tentativa de golpe”, disse o deputado republicano Adam Kinzinger.
Após perder todas as ações judiciais que ingressou questionando o pleito, Trump apelou para o seu vice-presidente barrasse a certificação, já que Mike Pence, como vice-presidente, é o presidente do Senado. Trump foi às redes sociais atacar seu vice, dizendo que ele "não teve coragem de fazer o que deveria ter sido feito".
Um toque de recolher foi decretado em Washington a partir das 18h locais.
Congressistas foram evacuados e receberam máscaras de proteção contra gás lacrimogêneo. Conforme informações da imprensa norte-americana, tiros foram disparados dentro do plenário do Congresso. A CNN informou que uma mulher foi baleada no peito dentro do prédio e está em estado grave. Confrontos físicos entre seguranças e manifestantes foram registrados pelas TVs locais nos corredores do prédio.
O vice-presidente, Mike Pence, foi ao Twitter pedir que a violência cessasse e o Congresso fosse evacuado.
"A violência e a destruição que estão ocorrendo no Capitólio dos EUA devem parar e isso deve parar agora. Todos os envolvidos devem respeitar os policiais e deixar o prédio imediatamente", afirmou.
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