"Essas medidas devem ser abrandadas assim que os números no Brasil melhorarem", disse Forster, em entrevista a correspondentes brasileiros nos EUA. "Não é uma decisão política de amizade com esse ou aquele país. É levada em conta a evolução do quadro geral da pandemia."
Os EUA barraram a entrada de viajantes da China em janeiro. Em fevereiro, a restrição foi imposta também aos que chegavam do Irã. Em março, a mesma medida foi imposta aos europeus, depois a Reino Unido e Irlanda. Em maio, a Casa Branca barrou a entrada de quem estivesse no Brasil. Norte-americanos, cidadãos com residência permanente nos EUA e estrangeiros que possuem visto diplomático estão excluídos da restrição.
Forster afirmou que medidas devem ser abrandadas assim que os números do coronavírus no Brasil melhorarem. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado/JC
O governo norte-americano vem sendo questionado sobre a manutenção das restrições. O Departamento de Estado tem argumentado que estuda a melhor forma de suavizá-las, mas a Europa ainda não liberou a entrada de viajantes com origem nos EUA.
A perspectiva de uma segunda onda de propagação do vírus, tanto nos EUA quanto na Europa, com o recente crescimento de novos casos, criou ainda mais incertezas quanto à flexibilização.
No caso da China, o bloqueio de viagens tem sido um dos principais pilares da campanha eleitoral do presidente dos EUA, Donald Trump. "Estamos cobrando isso dos norte-americanos e esperamos ter alguma notícia para breve, embora não possa me comprometer com nenhum horizonte", declarou Forster.
Na Europa não é diferente. Desde 1º de julho, quando foram divulgadas as regras de abertura, após o pico da pandemia, países como Brasil e EUA estão fora da lista das nações cujos cidadãos podem realizar visitas não essenciais.