Donald Trump deu um ultimato, mas não arrefeceu os protestos contra a violência policial e o racismo nos EUA. O presidente norte-americano ameaçou, na segunda-feira (1º), mandar às ruas milhares de soldados do Exército caso prefeitos e governadores não consigam conter as manifestações que atingem pelo menos 140 cidades do país.
Contrariando Trump, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, disse, nesta quarta-feira (3), que se opõe à mobilização de militares para conter os protestos. O mesmo pensa o governador de Nova York, Andrew Cuomo, que se mostrou contrário à mobilização do Exército, afirmando que os militares não podem ser usados como "arma política".
Apesar do tom agressivo de Trump, os atos continuaram depois de seu discurso, resultando, nesta quarta-feira, em mais uma madrugada tensa, com pelo menos cinco policiais baleados e centenas de pessoas presas em vários estados.
O oitavo dia das manifestações que pedem justiça pela morte de George Floyd se espalharam-se pelos EUA e, agora, também ganham tração fora do país. Além de atos em Sydney e Paris na terça-feira e em Amsterdã, Londres, Berlim, Barcelona e Cidade do México nos últimos dias, representantes da União Europeia e da Organização das Nações Unidas apoiaram os protestos.
Aos 46 anos, Floyd foi morto no dia 25 de maio, depois de ter o pescoço prensado contra o chão por quase nove minutos pelo joelho de um policial branco. O agora ex-agente Derek Chauvin foi preso no dia 29 e transferido para uma prisão de segurança máxima, onde espera pelo julgamento. A ação, gravada por testemunhas, viralizou nas redes sociais e mobilizou o país, gerando protestos pacíficos e conflitos entre ativistas e policiais.