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Mulheres vítimas de violência serão avisadas da proximidade do agressor no RS
Projeto-piloto será implementado em quatro municípios gaúchos em 2022

A luta pelo direito de existir segue impactando gerações de mulheres no mundo inteiro, incluindo as gaúchas. Em apenas dois meses deste ano, janeiro e fevereiro, o Rio Grande do Sul contabilizou 19 vítimas fatais da violência de gênero e 40 tentativas de feminicídio. De forma preventiva e com a meta de aperfeiçoar a rede de acompanhamento dos casos de violência doméstica no RS, o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher (EmFrente, Mulher) implantará, ainda em 2022, em quatro municípios, o projeto-piloto Monitoramento do Agressor.
O termo de referência para contratação do serviço já foi finalizado e o processo para preparação de abertura da licitação está em andamento, conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP). De acordo com o secretário-executivo do RS Seguro, Antônio Padilha, o objetivo é criar zonas de exclusão, com o uso de uma pulseira ou tornozeleira. Assim, a vítima será avisada com antecedência de espaço e tempo da proximidade do agressor.
Com investimento de R$ 4,2 milhões, destinados pelo Avançar na Segurança, o Monitoramento do Agressor "é um projeto que não será usado somente em Porto Alegre, a ideia é que o estudo seja implantado em nível estadual", explica a major Karine Pires Soares Brum, coordenadora estadual das Patrulhas Maria da Penha.
O projeto faz parte das 11 iniciativas do EmFrente, Mulher apresentadas em 2020. Na busca por abordar a temática da violência de gênero, além do dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher) e manter o funcionamento do comitê independente dos resultados eleitorais deste ano, cinco dos 11 tópicos já estão em funcionamento.