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- Publicada em 15 de Dezembro de 2020 às 18:30

Em bandeira preta, Pelotas e Bagé recorrem à cogestão para aplicar regras mais flexíveis

Piora nos indicadores da pandemia determinou, pela primeira vez, bandeira preta no Estado

Piora nos indicadores da pandemia determinou, pela primeira vez, bandeira preta no Estado


Tomaz Silva/Agência Brasil/JC
Fernanda Crancio
Classificadas em bandeira preta no distanciamento controlado a partir desta terça-feira (15), as regiões de Pelotas e Bagé já começaram a agir para adotar critérios de bandeira vermelha, permitidos com a retomada do processo de cogestão- anunciada pelo governo do Estado na segunda-feira (14)- e estendidos também às localidades sob altíssimo risco epidemiológico.
Classificadas em bandeira preta no distanciamento controlado a partir desta terça-feira (15), as regiões de Pelotas e Bagé já começaram a agir para adotar critérios de bandeira vermelha, permitidos com a retomada do processo de cogestão- anunciada pelo governo do Estado na segunda-feira (14)- e estendidos também às localidades sob altíssimo risco epidemiológico.
Ao longo desta terça, a adoção de medidas mais flexíveis e um pouco menos restritivas ao que determina a bandeira preta começaram a ser organizadas pelas prefeituras das cidades-polo dessas regiões. Em Bagé, a primeira iniciativa do prefeito Divaldo Lara (PTB) foi pela adesão à cogestão, o que ainda não havia sido solicitado pelo município até o momento, em função da certa estabilidade dos indicadores da pandemia.
A cidade, que no início da disseminação da Covid-19 no Estado chegou a ter a situação agravada, inclusive com óbitos de profissionais da saúde e necessidade de fechamento de atividades, mantinha nos últimos meses uma situação controlada da doença, fato que fez com que a classificação de nível máximo de restrições pegasse a prefeitura de surpresa. "Recebemos a notícia da bandeira preta de forma surpreendente, porque não estamos com UTIs nem leitos lotados e somamos 41 óbitos na cidade. Claro que não queríamos ter registrado nenhum, mas os números registrados em uma semana em Pelotas, por exemplo, não chegam aos nossos de um mês inteiro", comenta o prefeito.
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Divaldo Lara (d) fiscaliza adequação do comércio de Bagé, que funcionará até 20h, às normas sanitárias. Crédito: Prefeitura de Bagé/Divulgação/JC
Segundo Lara, a cidade tem três dos seis leitos de UTI ocupados nesta terça, e 14 dos 30 leitos ambulatoriais, o que não justificaria a classificação recebida, uma vez que o governo do Estado destacou "condição crítica de capacidade hospitalar e grande número de casos e internações em leitos de UTI por Covid-19" para o registro de bandeira preta. Além disso, a prefeitura espera pela liberação, acertada com o Palácio Piratini antes mesmo das definições do último mapa das bandeiras, de novos leitos de UTI para a cidade.
Ele acredita que Bagé e a região acabaram sob essa classificação em função da piora do cenário de Pelotas. "Pelotas tem três vezes a população de Bagé e nós somos o município com segundo melhor resultado em combate ao vírus no Estado, e aqui não falta leito, nem atendimento. Ou seja, os indicadores de Pelotas levaram Bagé a reboque", avalia o gestor.
A prefeitura ainda aguarda a aprovação do pedido de cogestão para adotar as flexibilizações e regras de bandeira vermelha, mas já havia acordado com os empresários do comércio pelo funcionamento dos estabelecimentos até 20h. Segundo Lara, "a cidade não vai fechar". "Não aceitamos fechar comércio e serviços, e essa é uma decisão unânime entre os prefeitos da região. Então, aderir à cogestão vai nos resolver e evitar que tenhamos de entrar com um mandado de segurança para isso. Não fechando as atividades, mantemos a renda e o emprego de centenas de bajeenses que dependem do comércio e dos serviços", destaca.
Já a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), anunciou por meio de uma live, no início da tarde, que lançaria um novo decreto, respeitando tanto as normas de bandeira vermelha quanto o decreto estadual publicado pelo governo gaúcho na madrugada desta terça. Apta à cogestão, a cidade chegou a decretar uma espécie de lockdown ao longo dos último quatro dias, se antecipando à classificação da bandeira preta, devido ao agravamento de indicadores da pandemia nas últimas duas semanas. Até o meio da tarde, a cidade havia registrado um total de 223 óbitos por Covid-19 desde o início da pandemia.
O novo regramento pelotense foi publicado por volta das 17h30min e, entre outras medidas, limita o funcionamento do comércio de terça a sábado, das 6h às 23h, com acesso ao público até às 22h, com intuito de evitar aglomerações. Entre as demais aplicações da nova legislação estão teto de ocupação de 30% de no comércio, salões de beleza e pet shops, respeitando o novo horário de funcionamento. Academias e clubes esportivos e sociais também devem observar esse horário, bem como o teto e o modo de operação previstos na bandeira vermelha. O mesmo vale para missas e cultos, funcionamento de bares e restaurantes. Fica ainda proibida a permanência de pessoas em locais públicos abertos, também eventos fechados, como formaturas, aniversários e casamentos.
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Prefeita Paula Mascarenhas (e) lançou decreto com novas regras para conter disseminação da Covid-19 em Pelotas. Crédito: Michel Corvello/Divulgação/JC
"Usaremos a cogestão para voltar à bandeira vermelha. A prefeitura lidera, organiza, lança os decretos, clama conscientização à população, mas não é um braço autoritário. Precisamos, mais do que nunca, da coletividade. Portanto, lançamos um decreto com aprovação praticamente unânime do comitê da cidade. Estamos tentando encontrar um caminho que seja possível preservar a saúde e a economia, e chamando as pessoas ao cumprimento dos protocolos", enfatizou a prefeita.
Reafirmando que todas as ações visam conter a disseminação do vírus na cidade, Paula pediu compreensão dos pelotenses para evitarem aglomerações e ocupação dos espaços públicos. "Nós dependemos do comprometimento da população, empresários e de todos os envolvidos para termos um Natal mais tranquilo, e que não sejamos obrigados a tomar decisões mais restritivas de novo", concluiu.
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