Atualizado em 06/09/2020
O anúncio do retorno das atividades presenciais
nas escolas em 8 de setembro, próxima terça-feira, no Rio Grande do Sul, começando pela Educação Infantil, não significa que as unidades já poderão abrir neste dia. Há uma série de regras que se aplicam às redes pública e privada em todos os níveis publicadas em junho pelas área de Educação e Saúde do Estado.
Uma lição de casa que vale para todas as regiões é que o município precisa estar há, pelo menos,
duas semanas em bandeira laranja, de médio risco. Porto Alegre, por exemplo, entrou nesta semana na bandeira, portanto, só poderá cogitar o retorno das atividades escolares depois do dia 14.
Já quem está com bandeira amarela não precisará ter a 'quarentena' de 15 dias. Neste momento, nenhuma região apresenta a cor que indica risco baico da pandemia do novo coronavírus.
O primeiro item obrigatório, antes de qualquer outra ação - inclusive cumprir as exigências da bandeira - é o município criar e já ter em funcionamento a do Centro de Operações de Emergência em Saúde para a Educação (COE-Escola). O COE-Escola vai "reunir informações, convocar esforços, analisar situações e planejar e acompanhar ações", diz o governo estadual.
O COE-Escola terá a responsabilidade de avaliar os planos de contingência de cada escola terá de montar, seguindo as especificações da portaria estadual, para prevenção, monitoramento e controle da transmissão da Covid-19 no estabelecimento.
"O plano de contingência deverá ser enviado com, no mínimo, cinco dias de antecedência da data prevista para o retorno das atividades presenciais ao COE-E de referência", esclarece o governo.
"Apesar da data do dia 8, não é simplesmente abrir as portas", diz Talina, que espera começo das atividades mais no fim de setembro. A volta é permitida para as regiões com bandeira amarela e laranja.
O Ministério Público, por meio de seu braço de promotorias da Infância e Juventude, acompanha o cumprimento das medidas. Em agosto, o órgão emitiu parecer favorável ao retorno, atualizando posição contrária de abril, mas apontou que as escolas terão de ter os alvarás sanitários e também terão de oferecer a alternativa de atividades remotas, para pais que entenderem que não é hora de voltar.
Algumas medidas práticas a serem adotadas nas escolas:
- Adoção de horários diferenciados de entrada e de saída da turmas para evitar aglomeração.
- Turnos de aula reduzidos para higienização adequada dos espaços.
- Aferição da temperatura de todos os alunos antes de ingressar na escola.
- Estudante com temperatura igual ou superior a 37,8 graus não poderá entrar e deve ser orientado sobre o acompanhamento dos sintomas.
- Pais ou responsáveis terão de entregar, diariamente, uma declaração de ausência de sintomas gripais.
A cobrança da criação das comissões foi feita em carreata, nessa terça-feira (1) na Capital, de escolinhas e pais e mães que defendem a retomada.
Alessandra Uflacker, diretora da Escola de Educação Infantil Neneca e integrante do Movimento das Escolas Privadas de Educação Infantil (MEPEI-RS), reforçou que a retomada vai depender de liberação dos municípios. "Com os critérios especificados no Protocolo Oficial do COE, acreditamos que em torno de uma semana as escolas estarão com equipe treinada e capacitada para receber as crianças", projetou a diretora da Escola Neneca.