O Rio Grande do Sul já contabilizou 2.237 pessoas desalojadas e 1.372 edificações danificadas devido ao
ciclone-bomba que passou pelo Sul do Brasil nessa terça-feira (30). Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado (DC-RS), na fim da tarde desta desta quarta-feira (1), pelo menos 23 municípios registraram danos causados pelos ventos, que teve rajadas de mais de 100 km/h.
A Defesa Civil informou ainda que investiga se uma morte registrada nessa terça-feira (30), em Nova Prata, na serra gaúcha, pode ter relação com impactos dos ventos e das fortes chuvas. "Não podemos afirmar que o deslizamento se deu em decorrência da chuva, mas sabemos que essa condição climática favorece a instabilidade do solo", esclareceu o órgão, que vai aguardar resultado da perícia para confirmar a relação do óbito do trabalhador da construção civil com o mau tempo.
O município com o maior número de pessoas desalojadas é Vacaria, na serra gaúcha, que registrou mais de 500 casos. Capão Bonito do Sul, vizinho de Vacaria, contabilizou 400 desalojados. Outras localidades mais atingidas são Iraí, Cacique Doble e Barracão.
São Sebastião do Caí, a 60 quilômetros de Porto Alegre, registrou 74 desabrigados. As famílias foram alojadas no Ginásio Centro Integrado Navegantes, tendo suas temperaturas aferidas antes do ingresso. Elas permanecerão no local até terem um local apropriado para ir, mantendo distância de três metros entre si dentro do ginásio, informou a Defesa Civil.
Erechim, no Norte do Estado, que registrou 20 desabrigados, recebeu cerca de 1,2 mil metros quadrados de lonas. O município também registrou
bloqueio total da rodovia BR-153 devido a queda de árvores. Iraí, que teve cerca de 30 casas destelhadas, recebeu três mil metro quadrados de lonas.
A Defesa Civil também está monitorando os rios, que seguem com nível elevado e com perigo de inundação, principalmente nas bacias do Ijuí, Taquari-Antas, Caí, Sinos e Gravataí.