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- Publicada em 26 de Fevereiro de 2020 às 20:55

Coronavírus: Lacen e Hospital de Clínicas podem ser usados em caso de vírus no RS

Mesmo que ainda não inaugurada, área física dos dois prédios do HCPA está pronta

Mesmo que ainda não inaugurada, área física dos dois prédios do HCPA está pronta


LUIZA PRADO/JC
O Rio Grande do Sul teve, no total, dez casos suspeitos descartados. O Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) ainda não realizada o diagnóstico para o coronavírus. Atualmente, esse exame só é realizado para fins de notificação pela Fiocruz (RJ), pelo Instituto Evandro Chagas (PA) e pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Porém, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, existe a intenção em estruturar o Lacen-RS para esse exame, uma vez que o Brasil registrou nesta quarta-feira (26), a confirmação do primeiro caso da doença.
O Rio Grande do Sul teve, no total, dez casos suspeitos descartados. O Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) ainda não realizada o diagnóstico para o coronavírus. Atualmente, esse exame só é realizado para fins de notificação pela Fiocruz (RJ), pelo Instituto Evandro Chagas (PA) e pelo Instituto Adolfo Lutz (SP). Porém, segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, existe a intenção em estruturar o Lacen-RS para esse exame, uma vez que o Brasil registrou nesta quarta-feira (26), a confirmação do primeiro caso da doença.
Isso significa implantar no laboratório a técnica para a identificação do vírus pelo exame de carga genética (chamado de RT-PCR - sigla em inglês para execução em tempo real da reação em cadeia da polimerase). Ainda é necessária a aquisição e a distribuição desses kits pelo ministério, juntamente com a capacitação para a sua utilização.
Mandetta também comentou sobre a possibilidade de usar, no Rio Grande do Sul, a nova estrutura do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Mesmo que ainda não inaugurada, a área física dos dois prédios está pronta.
"Existe a possibilidade de contar com esses recursos, porque na verdade a ampliação do hospital já foi concluída, mas ainda não estamos atendendo pacientes nesses dois prédios. Existe a previsão de sairmos de 57 leitos de UTI para 110 leitos, porém, isso envolve equipamento e pessoal", afirma Ricardo Kuchenbecker, gerente de risco Sanitário Hospitalar do HCPA.
Atualmente, o hospital de referência para o coronavírus em Porto Alegre é o Conceição, com atendimento ambulatorial, quarentena e enfermaria. O que pode acontecer, diz Kuchenbecker, é que esses leitos do HCPA possam ser parte de uma segunda resposta. "Mas nada ficou definido, seja em termos de prazos, ou em termos de recursos".
As equipes do HCPA têm experiência de manejar casos graves, que precisam de suporte ventilatório (ventilação mecânica). Além disso, há dez anos, na crise do H1N1, em parceria com o Exército e a Aeronáutica, o hospital prestou atendimento em barracas em frente à instituição, como forma de as dependências ficarem como reserva de contingência para casos mais graves. A ideia é fazer o mesmo caso o coronavírus avance.
"Já reunimos emergência, pediatria, UTI, controle de infecção, e laboratório, pelo menos duas vezes por semana, há cinco semanas, em reuniões preparatórias. Sem dúvida conseguiremos atender pacientes com coronavírus", ressalta Kuchenbecker.
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