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Geral

- Publicada em 19 de Dezembro de 2019 às 20:55

Porto Alegre projeta plantio de 4,7 mil mudas de árvores em 2020

População têm percebido cortes em algumas áreas da cidade, como no bairro Rio Branco

População têm percebido cortes em algumas áreas da cidade, como no bairro Rio Branco


NÍCOLAS CHIDEM/JC
Gabriela Porto Alegre
Os porto-alegrenses têm percebido nos últimos tempos que diversas árvores da cidade têm sido podadas, com seus maiores galhos suprimidos, como se pôde ver na Praça Padre Thomé, em frente à Igreja das Dores, e em várias ruas do bairro Rio Branco. A partir de fevereiro, porém, a prefeitura garante que o cenário urbano da cidade deve ganhar um novo visual. Isso porque a partir de uma ação inédita, coordenada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), a Capital receberá, em 2020, o plantio de 4,7 mil mudas de árvores. A novidade que envolve o projeto é que, pela primeira vez, uma empresa especializada será contratada para plantar e acompanhar de forma planejada a evolução das mudas. A empresa vencedora da licitação e do plano de arborização urbana, a Engemaia Cia. Ltda, foi conhecida nesta quinta-feira, durante cerimônia de assinatura do contrato, no Paço Municipal.
Os porto-alegrenses têm percebido nos últimos tempos que diversas árvores da cidade têm sido podadas, com seus maiores galhos suprimidos, como se pôde ver na Praça Padre Thomé, em frente à Igreja das Dores, e em várias ruas do bairro Rio Branco. A partir de fevereiro, porém, a prefeitura garante que o cenário urbano da cidade deve ganhar um novo visual. Isso porque a partir de uma ação inédita, coordenada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), a Capital receberá, em 2020, o plantio de 4,7 mil mudas de árvores. A novidade que envolve o projeto é que, pela primeira vez, uma empresa especializada será contratada para plantar e acompanhar de forma planejada a evolução das mudas. A empresa vencedora da licitação e do plano de arborização urbana, a Engemaia Cia. Ltda, foi conhecida nesta quinta-feira, durante cerimônia de assinatura do contrato, no Paço Municipal.
Entre as atividades previstas para a empresa, estão o cultivo de 2,7 mil mudas arbóreas e arbustivas em logradouros públicos e 2 mil mudas em áreas de preservação permanente (APP). Além disso, o contrato prevê ainda a qualificação paisagística de canteiros centrais e áreas específicas, compatibilização da arborização com a infraestrutura no espaço urbano, abertura de canteiros com dimensões adequadas ao porte da árvore e manutenção das mudas por um ano. Também estão contempladas ações de irrigação, retutoramento (condução de  uma planta de um lugar para o outro), poda de condução, adubação de cobertura, forração vegetal para auxiliar na oxigenação e replantio na fase de estabelecimento dos vegetais. Ainda, serão criadas cinco vagas sustentáveis, que já estão sendo pensadas em parceria com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A ideia é transformar estacionamentos de veículos em locais de convívio urbano e áreas de contribuição ambiental na extensão da calçada. 
De acordo com o titular da Smams, Germano Bremm, a pasta não possui dados relativos a quantidade de árvores na Capital, nem sobre a situação específica de cada uma delas, porque isso dependeria de um inventário específico, diferente do modelo de trabalho realizado pela secretaria, que acontece com base em área de cobertura de copa. No entanto, conforme o secretário, o projeto apresentado simboliza uma mudança de paradigma e está em sinergia com a revisão do Plano Diretor ao qualificar o espaço urbano. "Antes, plantávamos com equipes próprias da Smams, com pouca capacidade de acompanhamento para manter as mudas, e pensávamos simplesmente em número de árvores plantadas. Toronto, Nova Iorque e São Francisco utilizam esse novo conceito de arborização, com indicadores baseados em área de cobertura de copa, ao qual Porto Alegre está se integrando", ressaltou.
Pedro Henrique Maia e Silva, diretor-técnico da Engemaia, reforçou a importância dos cuidados com as árvores nas grandes metrópoles justamente pela necessidade de serem pensadas como elementos de integração ao espaço urbano. "Estamos aqui preparados para criar condições de esses seres vivos altamente resilientes sobreviverem a um ambiente repleto de complexidades urbanas", afirmou.
Conforme o prefeito Nelson Marchezan Júnior, a iniciativa traz um novo conceito, além de representar o maior investimento da história do município no plantio de árvores. "Demos mais um passo importante no plano de governo de tornar a Capital cada vez mais humanizada. Se este projeto-piloto der certo, como esperamos, ampliaremos o conceito de plantar a árvore certa no lugar certo, e de forma planejada", disse.
Os locais priorizados serão, inicialmente, os que possuem menores densidades de cobertura de copa. Na Zona Norte, os bairros contemplados serão Farrapos, Humaitá, Anchieta e Sarandi, enquanto na Zona Sul, serão os bairros Hípica e Restinga. Vias estruturantes como as avenidas Diário de Notícias, Edvaldo Pereira Paiva, Borges de Medeiros, Farrapos, Wenceslau Escobar, João Pessoa, Azenha, Nilo Peçanha/Neusa Brizola/ Nilópolis, Loureiro da Silva, Protásio Alves e Bento Gonçalves receberão a qualificação ambiental e paisagística. O contrato tem duração de 12 meses e o valor do investimento será de R$ 2,1 milhões.
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