A greve dos professores do âmbito estadual completa um mês neste sábado (14). O término do ano letivo estava previsto para quinta-feira (19). De acordo com a Seduc, dependendo da continuidade da paralisação, as aulas podem se estender até fevereiro.
Segundo a secretária-geral do Cpers, Candida Rossetto, a obrigação de recuperar as aulas é do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. “Nós conhecemos muito bem a legislação. Nós temos a obrigação de completar os 200 dias letivos. Quando fazemos greve, somos pagos para recuperar as aulas. Não vamos recuperar aulas que não recebemos para dar”, afirmou a professora aposentada.
Os alunos de 3º ano estão concluindo o ensino médio e, possivelmente, prestando o vestibular. Segundo Rossetto, o aluno que for realizar as provas para ingresso em universidades deve levar um atestado que diz que está cursando o último ano. “Nós não temos intenção de prejudicar nenhum aluno. Eles estão nos apoiando massivamente. Se houver algum problema, o governador precisa resolver isso”, afirma.
Sobre os alunos de 3º ano, a Seduc não forneceu orientação. Segundo a secretaria, o diploma só será entregue após recuperação das aulas e cada caso deve ser analisado individualmente.
Segundo balanço da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), atualizado na manhã desta sexta-feira (13), 331 escolas estaduais aderem totalmente à greve, e cerca de 650 se mantêm com paralisação parcial. “Mais de 60% das atividades se mantêm, e pode ser um ou dois funcionários que aderiram à paralisação”, afirmou a secretaria, em nota. No último balanço do Cpers-Sindicato, do dia 5 de dezembro, do total de 2.500 escolas no Estado, 1.539 aderiram à greve - parcial ou totalmente.