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Geral

- Publicada em 08 de Dezembro de 2019 às 18:17

Parada Livre mostra temor de movimentos LGBT+ com 'retrocessos'

Evento atraiu milhares de pessoas que se concentraram para shows na parte central do parque

Evento atraiu milhares de pessoas que se concentraram para shows na parte central do parque


LUIZA PRADO/JC
Thiago Copetti
A 23ª edição da Parada Livre de Porto Alegre coloriu o Parque da Redenção, em Porto Alegre, neste domingo (8). A multidão que carregava as cores da diversidade e da causas LGBT+, porém, parecia ter mais a lamentar do que a comemorar. O evento foi marcado pelo alerta dos organizadores e de boa parte do público para o que classificaram como "um ano de retrocessos".
A 23ª edição da Parada Livre de Porto Alegre coloriu o Parque da Redenção, em Porto Alegre, neste domingo (8). A multidão que carregava as cores da diversidade e da causas LGBT+, porém, parecia ter mais a lamentar do que a comemorar. O evento foi marcado pelo alerta dos organizadores e de boa parte do público para o que classificaram como "um ano de retrocessos".
A 23ª edição teve tema "Sem Vergonha de ser quem somos". “Venho à Parada Livre desde 2010. Neste ano, tive um pouco de receio de vir até aqui identificada com as cores da bandeira (multicolorida, que representa a causa) na camiseta. Pela primeira vez em quase dez anos tive medo de violência na rua”, conta a designer Zi Bonotto.
O medo da violência, explicou Zi, se deve ao que considera estímulos do novo governo federal ao preconceito e à defesa das armas e contra grupos minoritários em geral. Mas ao chegar ao parque e encontrar a diversidade desfilando por todos os lados do Espelho D’água, próximo do palco central da Parada Livre, a designer conta que se sentiu novamente fortalecida e encorajada.
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Público acompanhou programação e depois seguiu para a tradicional marcha. Foto: Luiza Prado/JC 
“A Parada Livre tem esse efeito importante de nos sentirmos parte da sociedade, de que não se está sozinho e de mostrar aos outros que, por trás de um conjunto de letras, o LGBT, estão pessoas”, explicou a designer Zi, que foi à Redenção acompanhada da irmã, Sílvia, e da companheira dela, Liliane Jornada.
Liliane, que é professora aposentada e padeira em Garopaba (SC), estava pela primeira vez na manifestação. Para ela, o grande motivador de contar com eventos como esse é, mais do que mostrar a diversidade, provocar a reflexão sobre o tema. Sílvia, que também acompanhou o evento pela primeira vez, destacou a alegria do público como o fator mais positivo da data.
“É importante ver pessoas felizes, sem preconceito. É necessário nos vermos com um grupo que tem objetivos e causas comuns”, ressaltou Sílvia.
A Parada Livre teve início às 14h com uma agenda intensa de apresentações artísticas e intervenções em defesa da causa LGBT+, que deve se estender até as 22h. No fim da tarde, a marcha marcou o momento mais esperado da parada.
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