O que é a próstata?
A próstata é uma glândula presente apenas nos homens, localizada na frente do reto, abaixo da bexiga, envolvendo a parte superior da uretra (canal por onde passa a urina). A próstata não é responsável pela ereção nem pelo orgasmo. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. Em homens jovens, a próstata possui o tamanho de uma ameixa, mas seu tamanho aumenta com o avançar da idade.
Quais os fatores de risco?
Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata. São eles:
Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.
Histórico de câncer na família: homens cujo o pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco.
Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.
Sinais e sintomas do câncer de próstata
Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são:
- dificuldade de urinar
- demora em começar e terminar de urinar
- sangue na urina
- diminuição do jato de urina
- necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite
Fonte: Ministério da Saúde
Assintomática na fase inicial, doença é prevalente em idosos
Um em cada sete homens terá câncer de próstata depois dos 50 anos de idade. Com a expectativa de vida masculina girando ao redor dos 75 anos no Estado, a preocupação a respeito da doença cresce. "Antigamente, as pessoas morriam antes de ter câncer de próstata", observa o médico Ernani Rhoden, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
Por ser uma doença frequente e assintomática em seus estágios iniciais, a única forma de se fazer o diagnóstico precoce é por meio da avaliação médica. "Não existe outra maneira. Muitas vezes, quando a doença é sintomática, está além das possibilidades de cura. Se diagnosticada em um estágio bem inicial, as opções terapêuticas com intenção curativa se tornam muito maiores", enfatiza o especialista.
Diante de um processo de inversão da pirâmide populacional - mais velhos do que jovens - vislumbra-se uma necessidade de planejamento em longo prazo no que diz respeito a políticas púbicas de saúde. O chefe do serviço de urologia da Santa Casa projeta dificuldades na próxima década se nada for feito. "Se tu pedires para eu vislumbrar daqui a 10, 15 anos, estou vendo muitos problemas. Pessoas idosas precisam de mais cuidado, mais medicamentos, mais atendimento hospitalar. Essa previsão precisa ser feita. Não tenho dúvidas que o Ministério da Saúde e as secretarias estão traçando esse cenário futuro", conclui.