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- Publicada em 01 de Dezembro de 2019 às 22:00

Rio Grande do Sul é o segundo estado com maior incidência de sífilis no País

Testes rápidos estão disponíveis nas unidades de saúde

Testes rápidos estão disponíveis nas unidades de saúde


CAREN MELLO/PMPA/JC
Gabriela Porto Alegre
Considerada uma epidemia no Brasil, a sífilis é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) mais comuns no País. Em um cenário mais restrito, o estado do Rio Grande do Sul ocupa o segundo lugar no ranking nacional de incidência da doença. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam uma taxa de ocorrência de 113,8 para cada 100 mil habitantes no Estado, quase o dobro do índice brasileiro, que é de 58 por 100 mil.
Considerada uma epidemia no Brasil, a sífilis é uma das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) mais comuns no País. Em um cenário mais restrito, o estado do Rio Grande do Sul ocupa o segundo lugar no ranking nacional de incidência da doença. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam uma taxa de ocorrência de 113,8 para cada 100 mil habitantes no Estado, quase o dobro do índice brasileiro, que é de 58 por 100 mil.
Somente no período entre janeiro de 2011 e junho 2018, foram registrados 53.334 casos de sífilis no Rio Grande do Sul. Em 2011, a taxa de detecção era de 9,9 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto em 2017 passou para 134,9 casos. No Estado, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual da Saúde (SES), os problemas estão mais concentrados nas regiões Metropolitana, Missioneira, Norte, Sul e Serra. Os casos de sífilis congênita (transmitida da mãe para o feto, por meio da placenta), também são considerados altos, já que Rio Grande do Sul ocupa o terceiro lugar no ranking nacional da modalidade, com quase 2 mil casos neste ano.
Segundo o Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, neste ano, Porto Alegre já identificou 1.063 casos de sífilis, sendo 574 em homens e 489 em mulheres. Em gestantes, foram registrados 334. Já em relação à sífilis congênita, o Ministério da Saúde trabalha com 177 casos somente em 2019 na Capital.
De acordo com Ana Lucia Baggio, da Coordenação Estadual de IST/Aids, da SES, a sífilis se trata de uma doença ainda negligenciada pela população e, por conta disso, acaba requerendo um trabalho maior no que diz respeito às estratégias de saúde pública. "A sífilis é uma doença muito antiga e, por vezes, estigmatizada. Por agir silenciosamente, muitas vezes as pessoas contaminadas só irão descobrir a doença muito tempo depois", disse. "O mais importante é mostrar à população que a sífilis é uma doença que tem cura", afirmou.
Neste mesmo sentido, Ana Lucia reforçou as campanhas de prevenção desenvolvidas pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) e Secretaria Estadual de Saúde. "Nas unidades básicas de saúde, trabalhamos com um sistema de testagem, onde as pessoas podem solicitar o exame e identificar se possuem alguma infecção". Já nos casos de gestantes que contraíram a doença, são realizados acompanhamentos mais específicos. "Fazemos um acompanhamento constante em cima dos casos que nos chegam de gestantes que são diagnosticadas com sífilis. Nesse sentido, temos um olhar bem especial para esses casos, porque elas podem culminar em uma sífilis congênita".
Entre as estratégias e ações da SES estão a pactuação e monitoramento dos indicadores, capacitação de 100% dos municípios em testagem rápida, monitoramento da cobertura de testagem para HIV e sífilis nas maternidades, grupo de trabalho para o enfrentamento da sífilis congênita, entre outros.
 
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