1. Morro São Caetano (Apamecor)
Nas últimas semanas, a reportagem do Jornal do Comércio visitou alguns dos mais conhecidos morros de Porto Alegre. O primeiro deles foi o São Caetano, também chamado de Apamecor, em alusão à Associação de Pais e Mestres do Colégio Marista Rosário, cuja sede fica no cume - uma realidade comum a outras áreas da cidade, como o Morro do Sabiá, propriedade do Colégio Anchieta, ou o Santana, utilizado para atividades educacionais da Ufrgs. Casas bonitas e muito verde compõem a paisagem até chegar lá em cima. Apesar da calmaria a 279 metros de altura, é difícil relaxar no Morro da Apamecor, considerando os frequentes relatos de assaltos na região.
2. Morro da Pedra Redonda
Deixando o bairro Teresópolis, a próxima parada é Belém Velho, ainda na Zona Sul. O caminho até o Morro da Pedra Redonda revela uma Porto Alegre rural, alheia aos arranha-céus e automóveis comuns a qualquer metrópole. A 260 metros de altitude, localiza-se o moderno Santuário Nossa Senhora Mãe de Deus. Aberto ao público diariamente e com câmeras de vigilância instaladas, o lugar tem uma vista de quase 360 graus, permitindo ver o Guaíba e até mesmo os municípios mais próximos da Capital. Mas nem tudo são flores: se não for de carro, é difícil acessar o local. As melhores opções são o roteiro Zona Sul do ônibus Linha Turismo (ainda assim, não é possível desembarcar no local) e o passeio Caminhos Rurais.
3. Morro da Glória
Morro da Glória, da Polícia ou da Embratel. O excesso de nomes pode confundir, mas não há morador de Porto Alegre que não conheça, pelo menos de ouvir falar, "o morro das antenas" de TV, rádio e telefonia móvel localizado na Zona Leste. O acesso se dá por uma estrada de chão batido. No alto de seus 287 metros, o morro proporciona uma vista extraordinária, equivalente às dificuldades de se chegar até lá.
4. Morro Santa Tereza
Também conhecido por abrigar sedes e torres de emissoras de comunicação, o Morro Santa Tereza fica na Zona Sul, mas em uma área mais central. Possui uma estrutura razoável, com direito a pracinha e linhas de transporte público ao lado do mirante, situado a 132 metros de altura e muito próximo do Guaíba. Seria perfeito para um chimarrão ao pôr do sol, não estivesse tão abandonado - conhecido como um ponto de tráfico, o local vive repleto de lixo acumulado no chão. Um claro exemplo de potencial turístico desperdiçado.
5. Morro do Osso
Há, entretanto, bons exemplos de como esse potencial pode ser aproveitado, e sem afetar a natureza. Em Ipanema, na Zona Sul, o Parque Natural do Morro do Osso é uma unidade de conservação ambiental aberta a toda a população. Os passeios guiados são voltados para instituições de ensino e pesquisa, mas qualquer pessoa pode visitar o local. Uma breve trilha antecede a impressionante visão do Guaíba que se tem ao chegar no platô, localizado a 143 metros de altura.
Deve ir pelo mesmo caminho o São Pedro, morro em Belém Novo que se tornou unidade de conservação em 2014, mas ainda sem uma infraestrutura para receber turistas. Assim como o Morro do Osso e o Morro da Tapera (área do bairro Campo Novo muito utilizada para a prática de esportes radicais), ele será tema de reportagem da seção De Frente para o Guaíba futuramente.