O restaurante Urban Farmcy, que operou durante quatro anos na rua Hilário Ribeiro, nº 299, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, encerrou as operações para dar lugar a um novo modelo de negócio. A estratégia, agora, é expandir a marca através de marmitas congeladas. O imóvel deve ser desocupado em breve.
O sócio-fundador, Tobias Chanan, diz que seu objetivo é ressignificar o mercado de marmitas, tão estigmatizado. “As pessoas pensam que comida congelada não tem sabor, não tem textura, que não é saudável. De fato, quando olhamos para o que é oferecido pelo mercado, a categoria se divide entre grandes marcas de ultraprocessados e marcas menores e muito amadoras, com pouco branding”, interpreta.
As marmitas da Urban herdam, segundo Tobias, a confiança dos gaúchos sobre alimentos à base de plantas, introduzidos pelo restaurante na terra do churrasco. O ponto físico, conforme o empreendedor, sempre teve como objetivo ser uma plataforma de teste de produtos, considerando que o público do Rio Grande do Sul é bastante exigente e carnívoro.
“Teve papel fundamental na construção do astral da marca, de toda atmosfera de experiência que a envolve. Ele cumpriu isso de maneira incrível. Conseguimos atestar e aprovar mais de 170 produtos ao longo do tempo”, mensura Tobias. O e-commerce da Urban Farmcy contará com cerca de 40 opções de marmitas e outros itens, como chocolates e kombuchas, que são entregues em até 24 horas.
O valor da marmita é de R$ 29,90. Por enquanto, as vendas são avulsas, mas há planos de lançar a modalidade de assinatura. “O restaurante foi um grande tracionador de impacto. Vamos continuar gerando, até mais, na agricultura familiar, no alimento limpo. Queremos incluir mais plantas na vida das pessoas”, destaca Tobias.
O empresário ressalta que, diferentemente das comidas congeladas de supermercados, a foto ilustrativa da embalagem é a forma como a clientela encontrará o alimento da Urban. Para garantir isso, a marca aposta no conceito de fresh freezing, em que ocorre um congelamento de -40°C para a preservação das características nutricionais. Aumenta-se, ainda, a graduação de ervas e temperos.
Tobias reafirma que o fechamento da unidade não é por conta da pandemia, mas estratégica. “Estamos dando um passo para a expansão da marca e adaptamos o modelo de negócio. O restaurante foi importante, mas o e-commerce nos possibilita desbravar outras praças.” Estão na mira Santa Catarina e Paraná.
O delivery do restaurante segue operando até o dia 15 de agosto.