O Instituto de Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) promoveu uma coletiva de imprensa com professores do Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), nesta segunda-feira, para prever as tendências tecnológicas de 2021. Os professores Luis Lamb e Jacob Scharcanski citaram exemplos de equipamentos e comportamentos dos consumidores que ditarão o mercado – o que merece atenção de empreendedores que atuam no ramo da saúde, principalmente.
Segundo Scharcanski, o foco das novidades deve estar no usuário de soluções médicas e em como tornar o atendimento mais eficaz e produtivo. A telemedicina veio para ficar no mundo todo. Lamb acrescenta que a interpretação dos dados é a grande sacada, independentemente do segmento. Os países que saírem na frente nesse quesito despontarão.
Veja alguns insights compartilhados pelos especialistas:
>> Graças à tecnologia, o acesso de pacientes ao sistema de saúde será feito via recursos de telemedicina, como a teleconsulta, e em caso de necessidade de atendimento mais complexo será possível saber onde há vagas em tempo real.
>> Prontuários eletrônicos e plataformas de telemedicina vão facilitar o encaminhamento de dados dos pacientes a especialistas e ajudar a tomar decisões.
>> O monitoramento de pacientes será feito a distância, inclusive com o auxílio de dispositivos vestíveis e inteligência artificial. Entre os exemplos, medição de pressão e monitoramento de quedas de pessoas idosas que residam sozinhas. Dispositivos portáteis de fácil manejo a custo acessível facilitarão o acesso a exames que hoje só podem ser realizados em alguns centros especializados devido ao seu alto custo e manejo sofisticado, tais como exames oftalmológicos.
>> Trabalhar com dados, obtidos de diversas fontes sobre os usuários, auxiliará a prevenir o risco de readmissão em hospitais e efeitos adversos.
>> No caso de pandemias, se popularizará o rastreamento de pessoas que tiveram contato com infectados.
>> A riqueza estará nos dados. Atualmente, as 10 maiores empresas do mundo são de base tecnológica.
>> A noção de PIB dos países mostra que as riquezas digitais terão peso maior no cálculo. Isso não é bem rentabilizado no momento.