Fomentar a cultura de resolução das diferenças entre empresas e colaboradores. Esse é o principal objetivo do
Meeting de Negociação, primeira competição on-line do segmento no Brasil e considerada a maior do mundo. Com a participação de mais de 500 pessoas, entre equipes brasileiras, mentores e avaliadores internacionais de cinco continentes, o evento teve o encerramento da sua final nacional no dia 5 de julho.
A equipe ganhadora, agora, irá representar o País na International Negotiation Competition (INC), evento que ocorrerá em Montana, nos Estados Unidos. Novas inscrições para o Meeting 2021 abrem em setembro.
A principal premissa da lógica da resolução de conflitos, conforme explica a fundadora do Meeting de Negociação no Brasil, Camile Costa, é fazer com que todos sejam protagonistas e responsáveis por resolver suas próprias diferenças, e não pedir para um juiz ou um terceiro decidir por elas.
"O Brasil é um país que possui a cultura da judicialização, onde sempre que existe um conflito, se tem como instinto ir ao judiciário. Concentra 98% dos processos trabalhistas de todo o planeta e, só em 2019, ultrapassou 78 milhões de processos judiciais em tramitação", pontua.
Os participantes do Meeting, então, aprendem que existem outras formas de resolver os impasses, sem a visão do ganha/perde, mas, sim, por um caminho colaborativo, em que todos os envolvidos resolvam suas questões.
Segundo Camile, as perspectivas dos outros países provam que agora a negociação é mais necessária que nunca. "Diante da pandemia, o que se tem são casos nunca antes vivenciados por empresas, negócios, cidadãos e países. Nesse cenário, o Direito, como até o momento vem sendo conduzido, não responde de imediato para tais questões. É preciso agregar valor para encontrar as melhores soluções", argumenta.
A negociação, complementa a fundadora, entra em cena, justamente, para auxiliar nestas habilidades: ajudar países, empresas e cidadãos a resolverem as suas diferenças e a criarem, conjuntamente, alternativas.