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07 de Julho de 2020 às 09:57
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Vitorya Paulo
GE
Vitorya Paulo
Thais Silveira e Andreza Matsumoto conversaram com a equipe do GeraçãoE para abordar a questão racial no ambiente corporativo
Racismo nas empresas faz com que maioria das lideranças sejam brancas
Vitorya Paulo
Thais Silveira e Andreza Matsumoto conversaram com a equipe do GeraçãoE para abordar a questão racial no ambiente corporativo
O racismo deve ser combatido por todos e discutido diariamente. A afirmação é da jornalista e empreendedora negra Thais Silveira, que participou de um bate-papo virtual com a equipe do GeraçãoE para falar sobre o combate à discriminação dentro das empresas. A conversa também contou com a presença da responsável pelo programa de Inclusão e Diversidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de São Paulo, Andreza Matsumoto, que explicou sobre o curso antirracismo que a instituição está oferecendo gratuitamente ao público em geral.
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O racismo deve ser combatido por todos e discutido diariamente. A afirmação é da jornalista e empreendedora negra Thais Silveira, que participou de um bate-papo virtual com a equipe do GeraçãoE para falar sobre o combate à discriminação dentro das empresas. A conversa também contou com a presença da responsável pelo programa de Inclusão e Diversidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de São Paulo, Andreza Matsumoto, que explicou sobre o curso antirracismo que a instituição está oferecendo gratuitamente ao público em geral.
Segundo Thais, é imprescindível não só diversificar o ambiente corporativo contratando pessoas negras, mas fomentar essa presença nos espaços de liderança - no Brasil, 95% do quadro de liderança das 500 maiores empresas é ocupado por pessoas brancas. Para a jornalista, a desigualdade racial dentro das empresas pode impactar na sustentabilidade, inovação e desenvolvimento dos negócios. "É super importante que uma pessoa negra se veja representada, mas em um papel de tomada de decisão", afirmou.
Perceber a ausência desse debate dentro das empresas, pontuou Andreza, foi um dos motivos que levou o Senac-SP a criar o curso que aborda a temática antirracista. "Hoje, é fato que claramente as pessoas percebem que o racismo existe e é nocivo para a vida das pessoas. Mas, muitas vezes, não reconhecem o papel delas frente a essa situação", destacou. Conforme a coordenadora, principalmente de forma velada, a construção do racismo nas corporações pode ocorrer nos processos seletivos, em que se privilegia pessoas brancas, ou até mesmo na dificuldade de possibilitar a ascendência de pessoas negras nos cargos de liderança.
Para combater essa realidade, então, Thais reforça a importância de se ter engajamento das equipes na pauta e ações afirmativas no ambiente corporativo, como as cotas. "Muitas empresas não são preparadas para trabalhar essa questão. Essa falta auxilia na questão do racismo estrutural", afirmou. É necessário, na visão da empreendedora, tratar do assunto não somente em maio, em que se lembra da abolição da escravidão, ou em novembro, marcado pelo Dia da Consciência Negra, mas sim, todos os dias e com todas as pessoas da empresa.