Especialista aposta em adaptabilidade de empresas

Para sobreviver, seja ágil


Especialista aposta em adaptabilidade de empresas

Imagine duas empresas do setor financeiro. Ambas atuam no segmento de investimentos para pessoa física e, portanto, disputam o mesmo tipo de cliente. A primeira é estável e eficiente. Atende bem demandas específicas, mas tem dificuldade de se adaptar a novos desafios e ganhar velocidade. Possui hierarquia extremamente vertical. As decisões são tomadas por poucas pessoas, de cima para baixo. E o restante da equipe vive em feudos isolados: há o setor comercial, que não conversa com a TI, que pouco sabe o que o marketing está fazendo. As entregas ocorrem, e tudo está aparentemente bem - até o momento que o desejo do cliente muda. E aí, sem capacidade para agir depressa, o resultado se perde.
A segunda companhia é adaptável. Aprende e decide rapidamente. É organizada de maneira horizontal, em uma rede de equipes. E o que conecta todo o time? Um propósito comum, guiado por valores orgânicos. O poder de decisão está mais próximo do cliente. Erros são cometidos, mas a transformação ágil permite ajustar os pontos e atender novas expectativas.
Qual das duas tem mais chance de sobreviver? Depende. Para conquistar o cliente, hoje, deve-se garantir performance e qualidade do serviço. E ambas parecem estar aptas para isso. Mas e amanhã e depois de amanhã? Muito antes da pandemia, o mundo vivia um processo irreversível de mudanças. Isso continua verdadeiro; a diferença é que, agora, isso está acontecendo muito mais rapidamente. E, nesse cenário, a segunda empresa possui uma vantagem competitiva que a coloca em outro patamar.
Não é fácil chegar lá. São diversos os desafios para que uma empresa se torne ágil. Muitos relutam em entrar de vez em ambientes que facilitam a transformação - como o digital e o de análise de dados. Para isso, é preciso mexer em zonas de conforto. E, claro, encontrar o modelo ideal que faça sentido ao negócio e aos seus consumidores. Essas dificuldades já são bem conhecidas. O que proponho são três caminhos para tornar sua empresa mais ágil.
Promova um alinhamento de propósito: ser ágil significa delegar e permitir que mais pessoas tomem decisões no negócio. E para que tudo não desande e cada um vá para um lado, é preciso ter um alinhamento claro quanto às visões de futuro. Isso faz com que as pessoas e suas deliberações tenham coesão.
Tenha capacidade de aprender rápido: ninguém nasce sabendo. E num mundo de tantas transformações, o caminho mais certeiro é através da tentativa e erro. Aprenda com suas quedas. E não faça isso de um jeito intuitivo: os dados precisam guiá-lo.
Dê autonomia na tomada de decisões: se há um alinhamento claro de propósito e o ambiente incentiva o aprendizado através de tentativa e erro, as decisões podem ser tomadas de forma horizontal. Sem necessidade de passar por instâncias e departamentos que deixam tudo "em processo de análise", é possível quebrar barreiras. Tudo isso, é claro, deve ser suportado por metodologias, processos e tecnologias. Mas isso é o mais simples. O que é difícil é a mudança na mentalidade e na cultura. E para isso, não há receita de bolo. Há parceiros, como nós, que ajudam a desenhar os caminhos. E, principalmente, há uma necessidade de se mudar a forma de pensar.
BRIVIADEZ/DIVULGAÇÃO/JC

Roberto Ribas, Chief Strategy Officer (CSO) da BriviaDez
Roberto Ribas

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