Com a orientação geral para não sair de casa, há modelos de negócio que suprem necessidades dos consumidores com o serviço de entrega. Porém, com o aumento exponencial de pedidos nas últimas semanas, algumas empresas não estão conseguindo suprir a demanda . É o caso da
Mais Quitanda, serviço de assinatura de alimentos orgânicos criado em 2017 que atende a maior parte dos bairros de Porto Alegre e de Canoas.
Desde que a pandemia por coronavírus (Covid-19) chegou ao Brasil, a empresa começou a sentir os seus efeitos. A procura foi tanta que os proprietários Maira Petrini e Alexandre Christimann desabilitaram a contratação do serviço no site como forma de frear novos clientes. “Como somos um serviço de assinatura, temos comprometimento com aqueles que já são nossos assinantes”, afirma Maira.
Mesmo assim, a sócia afirma que está dando prioridade aos idosos e gestantes que procuram a Mais Quitanda pelo Whatsapp ou pelo Instagram. “O nosso problema é a logística de coleta com os produtores e a entrega”, conta. Com a pandemia, os proprietários pretendem ir até as propriedades, situadas em Torres, São Sebastião do Caí e Bom Princípio, para buscar diretamente os produtos.
Maira afirma que a abertura de novas rotas está sendo estudada para dobrar a capacidade de entregas, que atualmente chega à média de 250 por dia. “Mas depende da entrega dos produtos e das montagens”, destaca. Como a Mais Quitanda tem o propósito de ser um negócio ecologicamente sustentável, os kits com os itens orgânicos são entregues em caixas de madeira retornáveis, que são sempre higienizadas.
Esse cuidado se intensificou, conta Maira, devido ao coronavírus, que também demanda outros pontos de atenção. “Orientamos as pessoas a deixar a caixa na portaria para evitar o contato na entrega, além de escolher o pagamento on-line e não no dinheiro”, pontua. Segundo ela, a maioria dos assinantes está entendendo a importância do gesto. “Temos que ter um olhar de coletividade sempre. Agora, mais do que nunca”, opina.