Enquanto outros estados já voltaram ou marcam o retorno dos jogos, os times gaúchos terão de ter paciência. O governador Eduardo Leite disse, nesta segunda-feira (29), que "o futebol neste momento não é prioridade". O motivo está ligado a
mais restrições devido à pandemia, como em Porto Alegre, que está na bandeira vermelha. A Federação Gaúcha de Futebol (FGF)
propôs protocolos para os jogos.
Leite alegou que o Estado passa pelo momento "mais sensível e delicado" da pandemia. Segundo o governador, a proposta da FGF está em análise e espera dar um retorno "provavelmente" esta semana. Ele chegou a reconhecer que há um trabalho muito sério dos clubes.
Segundo o governador, mesmo que sejam jogos sem público, há sempre algum tipo de aglomeração. "Amigos que se reúnem para assistir. Vamos precisar de mais tempo para o retorno do futebol", ponderou, durante live pelo Facebook no qual divulgou como serão as bandeiras do distanciamento controlado nesta semana.
O governo diz que a intenção é permitir o retorno dentro do tempo possível para concluir o Campeonato Gaúcho, "antes dos jogos da CBF". A Confederação Brasileira de Futebol e os clubes das duas principais divisões do futebol aprovaram o começo do Brasileirão em agosto, prazo que está sujeito à aprovação das autoridades sanitárias.
Grêmio e Inter estão com treinos individuais desde maio e já solicitaram ao prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, liberação para treinos coletivos, começando com dois jogadores com contato. Os dois clubes fazem testes para monitorar eventuais casos de Covid-19.
A demora em conseguir o aval para treinos coletivos gera apreensão. O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr, disse que os jogadores "
estão de saco cheio de fazer só exercício físico" e que o nível de cuidado pelos clubes poderia servir de exemplo de como agir na pandemia.