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Seguros & Previdência

- Publicada em 31 de Outubro de 2019 às 03:00

Ser previdente é um compromisso com o próprio futuro

Para vice-presidente Sul da Icatu, o que há de mais corajoso é cada um assumir sua vulnerabilidade

Para vice-presidente Sul da Icatu, o que há de mais corajoso é cada um assumir sua vulnerabilidade


ICATU/DIVULGAÇÃO/JC
Envelhecimento da população, reforma da Previdência Social e proteção à vida são temas que refletem o atual momento econômico e social do País. Levantamentos feitos pelas entidades do setor de seguros no Brasil apontam para um forte crescimento dos seguros de vida, passando à frente, inclusive, do carro-chefe por anos, o seguro auto. Com todas essas mudanças, entidades e companhias têm valorizado a importância da educação securitária junto aos consumidores.
Envelhecimento da população, reforma da Previdência Social e proteção à vida são temas que refletem o atual momento econômico e social do País. Levantamentos feitos pelas entidades do setor de seguros no Brasil apontam para um forte crescimento dos seguros de vida, passando à frente, inclusive, do carro-chefe por anos, o seguro auto. Com todas essas mudanças, entidades e companhias têm valorizado a importância da educação securitária junto aos consumidores.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, o vice-presidente corporativo da Icatu Seguros, César Luiz Saut, destaca a relevância do momento, sobretudo no processo educativo da população quanto à formação de reservas para o futuro. Para o executivo, o que há de mais moderno e corajoso é cada um assumir sua própria vulnerabilidade e buscar produtos competentes de previdência privada.
Ele reforça o processo contínuo de evolução da previdência individual no País e destaca que considera os planos de previdência não apenas um produto, mas um "conjunto de atitudes". Saut lembra que o envelhecimento é previsível, e, portanto, as pessoas deveriam pensar a longo prazo e se preparar para isso, sem encarar a aposentadoria como um problema econômico. 
Atualmente, a Icatu mantém mais de 260 mil clientes em previdência. A empresa conta com 77 gestores e 259 fundos, e trabalha para auxiliar os clientes a atingir seus objetivos de aposentadoria - de acordo com cada perfil de risco -, indo além da maximização dos retornos financeiros. Um dos propósitos da empresa tem sido no sentido de democratizar o acesso dos brasileiros a soluções financeiras para o planejamento do futuro. Para isso, vem apostando na criação de produtos nesse sentido, como o Atitude, que dá ao cliente a possibilidade de contratar um plano de previdência a partir de R$ 100,00 mensais. 
Jornal do Comércio - Qual a sua avaliação sobre o mercado segurador de vida e de previdência neste ano? O seguro de vida continua no ranking dos segmentos?
César Luiz Saut - O mercado segurador, principalmente o de seguro de pessoas e previdência, continua e tende a se manter, sendo cada vez mais promissor.
JC - Com a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional, quais as expectativas para o setor a partir do próximo ano?
Saut - As reformas que estão sendo feitas não só têm um efeito econômico sobre as contas públicas, uma vez que neutralizam ou amenizam o déficit que existe para o futuro, mas também têm um efeito educativo, pois mostram que, visto a transição demográfica, ou seja, o envelhecimento da população, não há mais os braços fortes do Estado para assegurar a manutenção do padrão de vida intencionado, então há, sim, um processo até educativo que se estabelece, no qual a formação de reservas por parte das pessoas passa a ser um tema de maior interesse.
JC - Em uma análise dos últimos 10 anos, podemos dizer que houve maior interesse das pessoas em previdência complementar?
Saut - Com toda a certeza, as pequenas reformas que foram se estabelecendo ao longo do tempo, como a criação do fator previdenciário ou mesmo a diminuição do teto de aposentadoria, já foram alertas de que havia uma transição demográfica, e seus efeitos estavam impactando as contas da Previdência e públicas. Todos temos um parente ou conhecido que não conseguiu manter o padrão de vida com a remuneração que passou a receber enquanto aposentado da iniciativa privada e, portanto, manteve a atividade laboral. De qualquer forma, o próprio debate sobre o envelhecimento populacional, do Brasil e do mundo, também fomentou que esse tema passasse a ser uma discussão presente na realidade de cada um. A previdência individual - e considero previdência não um produto, mas um conjunto de atitudes - evoluiu substancialmente em consequência.
JC - Como o senhor analisa o avanço tecnológico no setor e essa transição do tradicional para as plataformas digitais e insurtechs disponíveis no mercado? E qual o papel dos corretores diante desse novo cenário?
Saut - Os corretores são agentes de sensibilização das pessoas, têm e sempre vão ter um papel importante, mesmo com a transformação digital, que é a integração da tecnologia ao meio, fazendo com que a amplitude da comunicação, a qualidade, a viabilidade, a economicidade e até a transparência sejam cada vez melhores e mais acessíveis. 
JC - Muito recorrente nos meios de comunicação e nas rodas de conversas, o tema previdência ganhou ainda mais relevância com o projeto da reforma recém-aprovada e seus impactos para todos os brasileiros. Qual a importância de se ter um plano de previdência?
Saut - Absolutamente total. O que há de mais moderno e corajoso é assumirmos a nossa própria vulnerabilidade e fazer um produto competente de previdência, no qual, além da acumulação de reservas, os riscos, por exemplo, de uma invalidez estejam contemplados. Isso é uma das coisas importantes que uma pessoa pode fazer. O envelhecimento é um fato, e temos que nos preparar hoje. Nada que é previsível pode ou deve nos surpreender, envelhecer é previsível e não deve ser um problema econômico, mas uma dádiva. Ser previdente deve ser um compromisso de cada um com o seu próprio futuro e até uma questão de respeito para com os seus.
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