Porto Alegre 250 anos: 25 pessoas famosas da cidade

Nos 250 anos da capital gaúcha, confira 25 personalidades nascidas (ou não) em Porto Alegre

Por Juliano Tatsch

Elis Regina, Ronaldinho Gaúcho, Mayra Aguiar e Luís Fernando Veríssimo são alguns dos mais famosos porto-alegrenses da história
Uma cidade é feita pelas suas pessoas. E cada cidade, tem as suas personalidades mais famosas. Nos 250 anos de Porto Alegre, o Jornal do Comércio listou 25 nomes entre as pessoas mais famosas nascidas na capital gaúcha. Como critérios, foram consideradas a projeção, a relevância e a importância de cada um deles para as suas respectivas áreas. 
Confira abaixo a lista e envie comentário, se lembrar de outros nomes!

25 pessoas famosas de Porto Alegre

Daiane dos Santos
Daiane dos Santos encantou o Brasil e o mundo com o seu Brasileirinho no solo da ginástica artística. A porto-alegrense é a primeira atleta brasileira - entre homens e mulheres - a ser campeã mundial na ginástica, feito obtido em 2003, nos Estados Unidos.
Ronaldinho Gaúcho
Ronaldinho Gaúcho leva Rio Grande do Sul no nome e Porto Alegre para todo o mundo. Talvez, o jogador brasileiro mais famoso do mundo depois de Pelé, Ronaldinho foi duas vezes eleito o melhor jogador do planeta (2004 e 2005) e, apesar de não ser muito querido pelo lado azul dos porto-alegrenses, é uma marca da cidade
Elis Regina
 A voz do Brasil é de Porto Alegre. É quase uma unanimidade nacional que Elis Regina foi a maior cantora que nasceu neste País em todos os tempos. E é motivo de orgulho gigante para os porto-alegrenses que ela tenha nascido e se criado aqui, correndo, moleca, pelas ruas do IAPI. Elis é referência e modelo para todas as cantoras e cantores brasileiros. Sua potência vocal, sua espontaneidade, sua leveza, seu sorriso largo. Na Capital, a estátua ao lado da Usina do Gasômetro lembra a todos: Elis é daqui.
Fabrício Werdum
Werdum foi campeão em tudo o que participou. Campão mundial de jiu-jitsu, duas vezes campeão Abu Dhabi Combat Club - prestigiado torneio de luta agarrada - e campeão peso pesado do Ultimate Figthing Championship (UFC), o "Vai Cavalo" sempre salienta o orgulho de ser gaúcho e porto-alegrense.
Fernanda Garay
Campeão olímpica de vôlei nos Jogos de Londres-2012, Fernanda Garay marcou uma geração no vôlei feminino supercampeão brasileiro. A força e a raça características da atleta encheram o seu peito de medalhas e os porto-alegrenses de orgulho de sua conterrânea.
Fernanda Lima
Modelo, atriz, apresentadora, esposa, mãe. Fernanda Lima é uma, mas, ao mesmo tempo, é várias. Aos 14 anos, começou a carreira de modelo de sucesso e, hoje, aos 44, seu nome é uma marca de carisma, talento e capacidade de fazer várias coisas mantendo sempre a mesma qualidade.
Caco Barcellos
É impossível falar sobre jornalismo no Brasil sem falar em Caco Barcellos. O porto-alegrense é uma referência tanto para os jovens que estão iniciando na profissão quanto para os mais veteranos que o enxergam como um modelo de caráter, competência e ética profissional.
Humberto Gessinger
O fundador e cara dos Engenheiros do Hawaii, uma das principais bandas de rock do Brasil nos anos 1980 e 1990, Gessinger deixou a banda e construiu uma sólida carreira solo e também com seu projeto Pouca Vogal, ao lado de Duca Leindecker. Porto Alegre está na sua arte ou existe alguém que nunca se pegou cantarolando "amanheceeeeu em Porto Alegre..."?
Ieda Maria Vargas
Ieda Maria Vargas era uma menina de 18 anos de idade quando encantou o mundo com a sua beleza e conquistou o título de Miss Universo, em 1963. Sinônimo de elegância e discrição, seu nome é sempre lembrado quando o assunto é a beleza da mulher gaúcha.
Jair Kobe
Seu personagem famoso é o Guri de Uruguaiana, mas o artista por trás da pilcha, da cuia e do grande bigode, esse é porto-alegrense. Depois de fazer de tudo um pouco na vida, Jair Kobe se encontrou no humor e hoje leva o Rio Grande do Sul e, por que não, Porto Alegre, para todo o País e, em razão disso, em 2011, recebeu o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre.
João Derly
João Derly é um dos maiores nomes da história do Judô, o esporte que mais medalhas olímpicas trouxe para o Brasil em toda a história. O porto-alegrenses foi o primeiro brasileiro a ser campeão mundial, em 2005, no Egito. Se não bastasse, dois anos depois, em 2007, ele repetiu o feito, no Rio de Janeiro, e se tornou bicampeão mundial.
Jorge Furtado
É impossível falar sobre o cinema brasileiro sem falar sobre Jorge Furtado. Assim como também é impossível falar sobre a televisão brasileira sem falar em Jorge Furtado. Na verdade, é impossível falar em arte-visual brasileira sem falar em Jorge Furtado. Cineasta, roteirista e escritor multipremiado, Furtado sempre fez questão de mostrar Porto Alegre em suas produções, como se pode ver nos filmes Meu Tio Matou um Cara e O Homem que Copiava.
José Lutzenberger
Lutz, para os mais íntimos, foi agrônomo, escritor, filósofo, paisagista e ambientalista. Acima de tudo, foi um humano atento ao planeta em que vive e às pessoas que o cercam. Em 1971, foi um dos fundadores, na Capital, da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), uma das primeiras associações ecológicas do Brasil. Um ícone do movimento ecologista brasileiro e mundial.
Zé Victor Castiel
José Vitor Castiel é um porto-alegrense da gema. Ator, produtor, radialista, escritor e colorado. É difícil algum gaúcho não identificar seu rosto ao vê-lo em uma novela, uma série ou peça de teatro. Na Capital, é um dos idealizadores do Porto Verão Alegre, festival de artes cênicas que, desde 1999, agita os teatros da cidade nos primeiros meses do ano.
Júlia Lemmertz
Há quatro décadas aparecendo atuando na TV brasileira, a atriz é, talvez, junto com Glória Menezes, a gaúcha mais famosa da teledramaturgia brasileira em atividade. Multipremiada, ela até pode esconder o sotaque nas novelas quando interpreta uma carioca ou uma paulista, mas, longe das câmeras, fica evidente o quão porto-alegrense ela é.
Júpiter Maçã
É difícil de explicar quem foi Flávio Basso. A começar pelo nome artístico adotado por ele: Júpiter Maçã, ou, sua versão em inglês, Jupiter Apple. Compositor, cantor, cienasta, performer, Basso foi um dos fundadores das históricas bandas de rock gaúchas TNT e Cascavelettes, que influenciaram e ainda influenciam gerações de novos músicos no RS, no Brasil também no mundo. Júpiter, infelizmente, faleceu jovem, aos 47 anos, em 2015.
Letícia Wierzchowski
Letícia tem mais de 20 livros publicados desde o seu romance de estreia, "O anjo e o resto de nós", de 1998. De lá para cá, sua produção não parou nunca e chegou ao ápice com a adaptação para a televisão em 2003 de seu romance A Casa das Sete Mulheres, publicado um ano antes. Sucesso de vendas, suas obras já foram publicadas em países como Alemanha, Croácia, Espanha, França, Grécia e Itália.
Luís Carlos Prestes
O Cavaleiro da Esperança é uma das figuras mais marcantes da história brasileira do século 20. Na década de 1920, liderou a Coluna Prestes. que cruzou o país. Passou a vida como um homem político, prisioneiro diversas vezes, que viu sua companheira, Olga Benário, ser enviada para morrer nos campos de concentração nazistas na Europa, Prestes é uma figura tão grande que hoje tem um museu na Capital com o seu nome junto ao Guaíba.
Luís Fernando Veríssimo
O talento de Luis Fernando Verissimo vem de berço. Filho de Érico Verissimo, LF é um escritor, mas também é um músico, um tradutor, um cartunista, um humorista, e também cronista das coisas do mundo. Discreto, tímido, Veríssimo é apaixonado pelo seu Inter, e tem mais de 80 obras publicadas, sendo considerado um dos maiores escritores brasileiros contemporâneos.
Lupicínio Rodrigues
O compositor laureado é também o autor do hino cantado a plenos pulmões pela apaixonada torcida de futebol. Lupicínio Rodrigues é um ícone da música brasileira. Sambista de primeira, ficou especialmente famoso pelas suas músicas dolorosas, escritas especialmente para aqueles que sofrem por amor. Lupi escreveu que "até a pé nós iremos, para o que der e vier" e também falou perguntou se "você sabe o que é ter um amor, meu senhor?. Um dos maiores artistas do País, Lupicínio nasceu e viveu a vida toda em Porto Alegre, a sua cidade.
Mayra Aguiar
Bicampeã mundial, em 2014 e 2017, e três vezes medalhista olímpica (Londres-2012, Rio-2016 e Tóquio-2020), Mayra Aguiar é, hoje, o maior nome do esporta gaúcho em atividade. Formada na Sogipa, a judoca treina desde sempre em Porto Alegre e é daqui que ela parte em busca de suas conquistas mundo afora. 
Moacyr Scliar
Moacyr Scliar faleceu em 2011, aos 73 anos, mas continua vivo nas histórias que criou, na renovada orla de Porto Alegre que recebeu o seu nome, na unidade de saúde que também carrega o nome do médico que ele também era e nas lembranças daqueles que conviveram com ele. Em 2003, tornou-se um imortal da Academia Brasileira de Letras. Para os porto-alegrenses, é assim que ele é, imortal.
Renato Borghetti
Padre Landell de Moura
O padre Landell de Moura é uma daquelas figuras que quase todo mundo na cidade já ouviu falar, mas poucos sabem que foi. Pois, além de sacerdote católico, Landell de Moura foi um visionário inquieto. Se você que está lendo esse texto agora já ouviu rádio alguma vez na vida, deve muito a ele. Considerado um pioneiro mundial das telecomunicações - a quem diga que ele foi o verdadeiro inventor da telegrafia, tendo feito a primeira transmissão radiotelegráfica anos antes do italiano Guglielmo Marconi - o religioso marcou época ao fazer a primeira demonstração pública da transmissão de voz via ondas de rádio, em 1890, em São Paulo. A Capital lhe rede homenagem com um uma rua, na zona Sul, que recebe o seu nome.
Walmor Chagas
Walmor Chagas nasceu em Porto Alegre em 30 de agosto de 1930, e por aqui viveu toda sua infância, onde viveu em um casarão português na rua Santo Antônio. Estudou no Colégio Rosário e no Julinho e, depois, ganhou o Brasil com a força de sua arte. Ator, autor, produtor e diretor teatral, Chagas marcou época na dramaturgia brasileira, seja nos palcos, seja na tela da TV seja nas telonas do cinema.
Rosa Weber
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) é uma mulher forte. Formada em direito com láurea acadêmica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Rosa Weber fez carreira na magistratura, onde ingressou em 1976. Em 1991, foi alçada ao cargo de desembargadora do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF4). Já em 2006, assumiu como ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), de onde saiu cinco anos depois para se tornar a terceira mulher a assumir como ministra da Suprema Corte brasileira.
Werner Schünemann
Werner Schünemann despontou nacionalmente em 2003, quando encarnou o general farroupilha Bento Gonçalves na minissérie da TV Globo A Casa das Sete Mulheres. Antes disso, porém, ele já tinha uma consolidada carreira artística no Rio Grande do Sul. Cineasta diversas vezes premiado e produtor de cinema, Werner foi um dos fundadores da Casa de Cinema de Porto Alegre e hoje e um ator reconhecido nacionalmente.
Mario Quintana
Quintana é Porto Alegre. E Porto Alegre é Quintana. Um não se dissocia do outro. São um só. O poeta é a alma da cidade, que tem uma casa de cultura com o seu nome bem no coração do Centro Histórico, local onde viveu por toda a sua longa vida. Mas Mario Quintana não nasceu na capital gaúcha. Ele é do Alegrete. Essa lista, porém, abre uma exceção, porque foi Quintana quem melhor descreveu o que é viver em porto Alegre, o que é o espírito da cidade, que o via quase que diariamente caminhando pela Rua da Praia, como um homem simples, mesmo sendo um dos maiores poetas da história brasileira. Quintana é Porto Alegre, a cidade a qual ele eternizou nos versos do poema O Mapa:
"Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei..."
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