Diário de bordo: 2 de novembro - Porto Alegre-Santa Rosa:
Ida e volta:
Para a dentista Aurea Horbach, a conexão feita com o monomotor Grand Caravan pode mudar até uma decisão. Ela analisa se mudar para Curitiba, onde reside desde o começo do ano o namorado. Só que a viagem agora de avião desde Santa Rosa, com conexão em Porto Alegre para a capital paranaense, está mexendo com os planos dela.
"É uma facilidade. Posso rever a ideia inicial", comenta Aurea, que compra os bilhetes com antecedência para conseguiu preços mais em conta. "Ainda posso ir vendo a vista na volta para casa", descreve ela. O voo de ida ainda pega dia. A volta é à noite.
O médico ortopedista Vanderlei Sartor é um cliente assíduo. Todo mês se desloca da Capital, onde reside, para fazer cirurgias em Santa Rosa e região.
Eloi de Ávila e o irmão estava voltando depois de viagem para fora do Estado. Eles moram em Santo Ângelo, que tem conexão com avião maior, mas preferiram o monomotor para conhecer. "Fizemos a conta e o transporte de aplicativo sairia parecido se saíssemos de Santo Ângelo", diz Ávila.
Na chegada em Santa Rosa, a iluminação da cidade atrai a atenção de todos. O voo está lotado. O aeroporto fica perto da cidade, cerca de 10 minutos. No começo de outubro, voos chegaram a ser suspensos por uma semana devido a problema de iluminação da pista.
No pequeno terminal, Everson Moisés de Oliveira com o filho de três anos no colo adentra a única sala e vai para a porta, por onde já cruzaram os passageiros que vão seguir a Porto Alegre.
"Vim aqui para mostrar ao meu filho o avião. A gente ouve o barulho, porque voa bem baixo, e fica curioso", explica ele. O menino no colo não desgruda os olhos da pequena aeronave ainda estacionada na pista. A repórter tem de embarcar também e não pode presenciar a reação do menininho na hora da decolagem. Deve ter sido divertido.
No voo de volta, o aposentado Aloisio Selch está bem emocionado. Na Capital, Selch forme em um hotel e bem cedo do dia 3 vai pegar a primeira de duas conexões que vão levá-lo para Barreiras, na Bahia, onde reside o filho e netos. "Faz dois anos que não vejo meus netos, só por vídeo pelo celular", conta o aposentado. Mesmo com bastante nuvem, o passageiro achou o trajeto tranquilo. "Muito boa a viagem."