Porto Alegre, quinta-feira, 19 de dezembro de 2019.

Jornal do Com�rcio

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Perspectivas 2020

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Agroneg�cios

Not�cia da edi��o impressa de 19/12/2019. Alterada em 19/12 �s 03h00min

Safra de gr�os dever� bater novos recordes

Colheita da super safra de soja na região de Vacaria

Colheita da super safra de soja na regi�o de Vacaria


/ANDR/ARQUIVO/JC
Thiago Copetti
Recorde em valores e em volume de produção. Essa é a expectativa da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) para a safra de grãos gaúcha em 2020. De acordo com a entidade, o Valor Bruto da Produção (VBP) no Estado deverá alcançar R$ 36,13 bilhões no próximo ano, cerca de R$ 4 bilhões maior do que o resultado de 2019. O maior ganho, mais uma vez, deverá vir da soja, com alta de R$ 3,2 bilhões no próximo ano.
Recorde em valores e em volume de produção. Essa é a expectativa da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) para a safra de grãos gaúcha em 2020. De acordo com a entidade, o Valor Bruto da Produção (VBP) no Estado deverá alcançar R$ 36,13 bilhões no próximo ano, cerca de R$ 4 bilhões maior do que o resultado de 2019. O maior ganho, mais uma vez, deverá vir da soja, com alta de R$ 3,2 bilhões no próximo ano.
Ainda segundo a Farsul, caso a colheita total de grãos não seja afetada por nenhum efeito climático, a expectativa é de que alcance 35,404 milhões de toneladas, superando - ainda que por pouco - a produção recorde de 2017, que foi de 35,362 milhões de toneladas.
Os ganhos nos grãos vêm tanto do incremento de produção quanto das cotações. De acordo com o presidente da Farsul, Gedeão Pereira, o ano de 2019 foi especialmente positivo para o setor no segundo semestre. "Para 2020, devemos ter uma área plantada ainda maior e, com boas condições do clima, podemos ter alta de produção de grãos em 2,1%", estima Gedeão.
A alta cotação do dólar é considerada positiva para as exportações. Mas o mesmo dólar que hoje estimula os negócios atuais e futuros poderá ser o vilão em 2020. Isso porque a cotação da moeda norte-americana encarece os principais insumos da lavoura, como defensivos agrícolas (boa parte deles é importada). O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, ressalta que a cotação da moeda pode impactar negativamente os custos da próxima safra. "Nem todos os custos o produtor consegue repassar ao comprador. Isso vai exigir atenção em 2020", alerta Luz.
Outra questão que preocupa especialistas de mercado é a resolução do possível acordo comercial entre China e Estados Unidos, que envolveria a compra, pelos chineses, de grandes volumes de produtos agrícolas norte-americanos. A reentrada dos estoques de grãos dos Estados Unidos no mercado asiático poderia gerar uma queda nos preços - o espaço, hoje, é ocupado pelo Brasil.
"Com o acordo entre os dois países saindo, o Brasil, que vinha suprindo o mercado chinês, sentiria um impacto no volume de vendas externas, justamente em um momento em que os produtores nacionais esperam uma safra recorde, mas que teve um alto custo de produção. Na hora de vender, os preços podem não ser tão compensadores", informa Luiz Fernando Gutierrez Roque, analista da consultoria Safras e Mercado. Como proteção a esse risco, Roque defende que os agricultores façam hedge (proteção), com a venda antecipada da nova colheita.

Arroz pode ter alta

Em um ano em que a soja, o milho e o trigo tiveram boas safras, o arroz teve queda de 14,6%, e o futuro do gr�o � incerto. Com queda de produ��o e retra��o na �rea plantada, o risco � de encarecimento do gr�o para o consumidor e at� falta no mercado interno.

"Estamos indo para 2020 novamente produzindo menos do que consumimos no mercado interno. E, agora, sem estoques, que foram consumidos ou exportados (em casca) nos dois �ltimos anos", alerta o economista da Farsul, Ant�nio da Luz.

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