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Safra de verão deve gerar R$ 34,2 bilhões aos produtores, diz Emater-RS
Quatro principais grãos devem gerar 31,5 milhões de toneladas na temporada
Após uma temporada 2017/18 de queda na produção – que, mesmo assim, foi a segunda maior da história do Rio Grande do Sul –, a projeção para 2018/2019 é de retomada na trajetória de crescimento da safra gaúcha. Segundo a estimativa da Emater-RS, divulgada nesta segunda-feira (27) durante a Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, o campo gaúcho deve gerar, apenas nos quatro principais grãos de verão (arroz, milho, soja e feijão), 31,5 milhões de toneladas na temporada. A área plantada deve novamente crescer, dessa vez em 2,05%, chegando a 7,72 milhões de hectares.
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Produção de milho deve crescer, mas silagem segue caminho inverso
O milho deve ter ganhos importantes no Estado. O cereal, com bons preços no momento, deve aumentar a sua plantação em 5,53%, alcançando 738 mil hectares. A produtividade também deve se recuperar, chegando a 6.807 kh/ha, ganho de 5,45% em relação à última temporada, por conta das perdas na Metade Sul. A produção do cereal, segundo a Emater-RS, chegará a 5,024 milhões de toneladas. “É uma cultura importantíssima para o Estado, com várias cadeias dependentes, e a produtividade só vem crescendo”, comenta o presidente da entidade, Iberê Orsi.
O dirigente argumenta que, em uma década, mesmo com a perda de metade do terreno, o ganho de produtividade faz com que a produção gaúcha de milho tenha se mantido relativamente estável, fruto do uso de técnicas e tecnologia no campo. Um dos problemas ainda é a falta de armazenagem, segundo Orsi, que faz com que seja necessário exportar milho durante a colheita, e, com isso, aumentar o volume de importações no resto do ano. “Temos essa questão ainda de sermos deficitários no consumo em torno de 1,5 milhões de toneladas”, continua o presidente.
O momento das cadeias produtivas da pecuária, em especial a suinocultura, que sofre com os baixos preços pagos pelos animais, faz com que muitos criadores apostem também na plantação do cereal, segundo Moura, como forma de tentar diminuir os custos de produção da carne suína.
A crise na cadeia leiteira, porém, justifica a perda de 3,56% na área plantada do milho silagem, para 354 mil hectares. “Perdemos 22% dos produtores de gado de leite em dois anos, que não plantam mais milho silagem”, justifica o diretor técnico. Mesmo com esperado avanço na produtividade, de 2,29% para 37.300 kg/ha, a produção deve cair 1,36%, para 13,2 milhões de toneladas.