Uma espera de sete anos que chegou ao fim. Este era o clima da inauguração oficial do Pavilhão da Agricultura Familiar, realizada na manhã de sábado, em Esteio. Fruto de um investimento de R$ 1,46 mi-
lhão, o espaço foi ampliado de 3,5 mil m2 para 7,6 mil m2 e agora possui capacidade para 285 estandes. As instalações atuais contemplam 60 novos expositores - um acréscimo de quase 30% na comparação com total de agroindústrias presentes na edição passada.
Com o incremento de área, segundo informa o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Tarcísio Minetto, todas as inscrições de empreendimentos agroindustriais - dentro dos parâmetros exigidos pela feira - foram atendidas. O superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa) no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, por sua vez, destaca que o novo pavilhão cumpre o papel de aproximar ainda mais as agroindústrias familiares do consumidor urbano. "Este é o real significado e o grande diferencial do novo espaço", afirma.
Os estandes já participantes também foram ampliados, o que deve facilitar a logística de reposição de estoques e, por consequência, a margem e o resultado final em vendas das 1.350 famílias de pequenos produtores com comércios no local. Expositor há quatro anos, Tacílio Bonfada, proprietário da Agrobon Panificadora, comemora o ganho de área. O novo ambiente permitiu que a agroindústria do município de Bozano, no Noroeste do Estado, iniciasse a feira com um estoque maior do que o de 2017. Segundo ele, em 2018, a panificadora levou 50 caixas de pão caseiro, número que supera em 150% as 20 caixas do ano passado.
A capacidade de estoque deve fazer toda a diferença na hora de contabilizar a margem e o lucro líquido. Isso acontece porque o custo logístico para a reposição dos produtos deve cair pela metade. "Em 2017, tivemos que fazer 4,8 mil km para recompor os estoques. Este ano, a expectativa é reduzir essa necessidade, o que deve alavancar a nossa margem", comenta Bonfada, ao projetar um aumento de 50% vendas de pães e cucas.
Juliano Trindade, da cachaçaria Seiva Missioneira, celebra o primeiro dia de feira com um estoque 35% superior ao do ano passado. As 480 garrafas do ano passado geraram três pedidos de reposição ao longo da Expointer passada. Agora, com 648 garrafas provisionadas no primeiro dia da Expointer, as encomendas feitas via transportadora, com frete de Caibaté a Esteio no decorrer do evento, serão reduzidas. "Se isso se confirmar e tivermos uma elevação de 20% nas vendas, a nossa feira estará completa", analisa.
Na fila de espera em 2017, Sérgio André Gostinski, conseguiu voltar à Feira da Agricultura Familiar em 2018. Participante de edições no início dos anos 2000, a Coopermate, de Getúlio Vargas, finalmente, conseguiu retornar ao hall de expositores em razão da ampliação do pavilhão. A ervateira do Norte do Rio Grande do Sul, começa a feira com uma tonelada de erva-mate. A expectativa é conseguir vender cerca de 80% do estoque. "Os estandes dos anos 2000 ainda eram com lonas não contavam com 30% do espaço atual", comenta.
Donos de uma agroindústria familiar com sede em Morro Redondo, Maria Elena Nieves e David Armendaris estrearam na feira este ano e se orgulham de mostrar as compotas e geleias que vêm com um "R" bem pequenininho no rótulo que indica registro de marca, obtido no Instituto nacional de Propriedade Industrial (Inpi). "Sabe aquele 'errezinho' que vem na lata da Coca-Cola. A gente também tem", compara Armendaris. A marca é a João de Barro, que levou dois anos para ser registrada. O casal investir pouco mais de R$ 1 mil e teve apoio da Emater-RS para montar a documentação. "João de Barro lembra construção, que foi como surgiu a agroindústria, e também ruralidade", explica Maria Elena.
União e BRDE assinam acordo de crédito para minimizar desperdício de alimentos
Foi firmado no sábado (25), na 41ª Expointer, o Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A parceria visa implementar ações que gerem condições e instrumentos para redução das perdas e desperdícios de alimentos. A linha de crédito disponível é de R$ 1 milhão por Estado. A iniciativa, mediante oferta de crédito e assistência, é voltada para municípios, cooperativas, agricultores familiares e outros agentes da cadeia produtiva do agro.
O acordo atende a Região Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – em um prazo vigente por 24 meses, buscando minimizar as perdas decorrentes da precariedade de infraestrutura de transporte e logística, de armazenamento e deficiência de capacitação técnica. Está prevista a qualificação para Assistência Técnica e Extensão rural (Ater). A medida busca, também, estabelecer o compromisso internacional do Brasil no âmbito da Agenda 2030.
A estimativa é de que, a cada ano, perde-se aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de alimentos em âmbito mundial, equivalente a 30% de toda a produção global de alimentos. O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, explica que a cooperação é uma solução criativa e responsável e alinhada aos parâmetros ambientais para diminuir as perdas no campo e na distribuição. “Este é o primeiro passo para diminuir as perdas de alimentos, auxiliando o produtor. O Brasil não pode mais ter prejuízos quando ainda há a fome no país”, apontou.
Espaços como escolas, hospitais, universidades, empresas, quartéis, e Ceasas também devem receber ações que ajudem na prevenção. A assinatura pretende fomentar projetos e atividades por meio do acordo a partir de ações institucionais das partes envolvidas. Porém, não está previsto transferência de recursos financeiros e nenhuma espécie de comodato ou doação de bens.
O acordo atende a Região Sul – Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – em um prazo vigente por 24 meses, buscando minimizar as perdas decorrentes da precariedade de infraestrutura de transporte e logística, de armazenamento e deficiência de capacitação técnica. Está prevista a qualificação para Assistência Técnica e Extensão rural (Ater). A medida busca, também, estabelecer o compromisso internacional do Brasil no âmbito da Agenda 2030.
A estimativa é de que, a cada ano, perde-se aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de alimentos em âmbito mundial, equivalente a 30% de toda a produção global de alimentos. O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, explica que a cooperação é uma solução criativa e responsável e alinhada aos parâmetros ambientais para diminuir as perdas no campo e na distribuição. “Este é o primeiro passo para diminuir as perdas de alimentos, auxiliando o produtor. O Brasil não pode mais ter prejuízos quando ainda há a fome no país”, apontou.
Espaços como escolas, hospitais, universidades, empresas, quartéis, e Ceasas também devem receber ações que ajudem na prevenção. A assinatura pretende fomentar projetos e atividades por meio do acordo a partir de ações institucionais das partes envolvidas. Porém, não está previsto transferência de recursos financeiros e nenhuma espécie de comodato ou doação de bens.