O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, é responsável por uma articulação junto aos prefeitos da região metropolitana pelo retorno da cogestão do distanciamento controlado no Rio Grande do Sul. Mas Melo não quer apenas a
retomada, no dia 22 de março, do modelo compartilhado de responsabilidade sobre as bandeiras e restrições adotadas nas cidades gaúchas. Ele quer que seja "para valer", ou seja, sem imposição das decisões por parte do Executivo gaúcho e com garantia de que o modelo não sofrerá interrupções.
O prefeito da Capital está em busca do compromisso por parte do governo do Estado de que o sistema não será abandonado "unilateralmente",
como ocorreu há duas semanas. "Tem duas coisas básicas para a volta da cogestão. A primeira é que ela tem de ser definitiva. A segunda é ela ser verdadeira. Não adianta o governador fazer protocolos sem discutir com os prefeitos e depois dizer que devolve a cogestão com os protocolos todos prontos", defendeu Melo, em entrevista ao
Jornal do Comércio.
Para o prefeito, é preciso acertar o passo da cogestão - caso contrário, é melhor que não tenha. "Se tiver que restringir, restringimos juntos. Se tiver que reabrir, reabrimos juntos", determinou.
Mesmo assim, nega que esteja articulando um rompimento com o modelo compartilhado. Neste sábado (13), ele enviou mensagens aos colegas da região propondo uma reunião para esta segunda (15) ou terça-feira (16) a fim de tratar do assunto. "Tenho mantido conversas com os prefeitos da Grande Porto Alegre (Granpal) para ver se chegamos a uma posição juntos, pois esse não é um tema a ser tratado isoladamente", explicou.
Ainda no início desta semana, Melo deve se reunir também com Leite. "Este momento é de união, não é de buscar quem está com a razão ou os culpados. Todos nós temos que nos colocar no lugar do outro para salvar vidas e é isso que tenho feito e que vou continuar fazendo. É isso que nossa equipe vai continuar fazendo", salientou.