O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite, em reunião com os representantes da Federação das Associações de Municípios (Famurs) e de associações regionais de prefeitos, na tarde desta sexta-feira (5).
A manutenção é justificada pela piora em todos os indicadores monitorados pelo modelo, principalmente demanda para leitos de UTI, com mais de 100% de ocupação, segundo o painel da Secretaria Estadual da Saúde (SES). As mortes também cresceram, com recordes de notificações esta semana.
O Estado vive o pior da pandemia de coronavírus no Estado até agora.
"Neste período, as regras atuais continuam valendo com pequenos ajustes de protocolos", adianta o presidente da Famurs, Maneco Hassen. Segundo ele, será permitida a venda apenas de produtos essenciais no comércio, e um decreto deve sair a qualquer momento proibindo a venda de eletroeletrônicos e móveis nos supermercados.
"É claro que ainda depende do anúncio oficial, mas foi isso que nos foi apresentado", pondera o dirigente.
De acordo com Hassen, a maioria das associações regionais presentes na reunião concordou e algumas inclusive pediram medidas mais restritivas. A bandeira dá alerta máximo e reforça a necessidade de cumprimento dos protocolos e das regras sanitárias, segundo o dirigente.
Também há restrição para operações como telentrega das 22h às 5h. A primeira vez que todo o Rio Grande do Sul foi classificado em bandeira preta ocorreu na sexta-feira (26 de fevereiro).
Desde 27 do mês passado, todas as 21 regiões Covid devem obedecer aos protocolos determinados pelo governo, que na ocasião suspendeu a cogestão regional até o dia 7 de março devido ao agravamento da pandemia.
A ocupação de leitos intensivos chega a 102,2%, indicando colapso do sistema. São 3.070 casos em toda as enfermidades - 2.258 de Covid e suspeitos.
Em Porto Alegre, a prefeitura anunciou a
abertura de 100 leitos clínicos. mas o maior gargalo são os de UTI. No fim da tarde desta sexta, a ocupação era de 105%, com 1.017 pacientes para 974 leitos operacionais. Três de cada quatro doentes em UTIs são confirmados (688) com novo coronavírus e suspeitos (38).