Para acelerar a cobertura da vacinação contra a
Covid-19 usando o que falta das quase 93 mil doses recebidas, Porto Alegre amplia a imunização de profissionais de saúde que não estejam em hospitais, clínicas e postos e serviços de transporte de pacientes. Até agora, a Capital aplicou 47,7 mil doses, pouco mais de 50% dos imunizantes disponíveis.
Na segunda-feira (1º), o
governo estadual distribuiu as 53,4 mil doses da Cororanav (parceria Instituto Butantan e a chinesa Sinovac) recebidas no terceiro lote de imunizantes. O RS recebeu até agora 511,2 mil doses da Coronavac e Oxford/AstraZeneca (parceria Fiocruz). Foram distribuídas 454,1 mil até esta quinta-feira (inclui as duas doses da variante chinesa) e foram aplicadas quase 200 mil.
Entidades representativas de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas e psicólogos passarão também a aplicar a vacina com doses fornecidas pelo município, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). O mutirão será neste sábado (6).
A partir de regras de prioridade poderão ser vacinados médicos do sistema privado e não ligados diretamente ao atendimento de suspeitos ou contaminados pelo novo coronavírus, segundo a secretaria.
Fernando Ritter, diretor da Vigilância em Saúde na SMS, diz que a preferência será para profissionais mais velhos e com comorbidades que, por se relacionarem diariamente com um grande números de pessoas e doentes, ficam mais expostos a riscos.
“Mesmo quem está em consultório privado se expõe a riscos, como um pneumologista que vai atender pessoas com síndrome gripal e sintomas da Covid-19. Em Porto Alegre, recebemos mais de 92 mil doses e já vacinamos cerca de 33 mil profissionais que estão linha de frente da pandemia”, explica Ritter. A meta é que mais de 82 mil pessoas deste segmento sejam vacinadas, segundo o painel do vacinômetro.
O diretor da Vigilância em Saúde acrescenta que as imunizações dentro das prioridades de vacinação estão correndo em paralelo para acelerar o processo. O temor, detalha Ritter, é que as novas variantes da doença avancem antes que esses grupos estejam vacinados, provocando novamente um crescimento acelerado de casos.
“Dos profissionais de UTI, atendimentos de urgência e emergência, Samu e profissionais de serviços gerais que atuam nas linhas de frente primária e secundária, todos já foram vacinados ou estão em vias de serem”, assegura o chefe da Vigilância.
Acordos para vacinação foram firmados com o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e Conselho Regional de Medicina (Cremers), segundo notas das entidades. O Simers informa que mais de 2 mil profissionais se cadastraram para serem imunizados no sábado.