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Coronavirus

- Publicada em 03 de Fevereiro de 2021 às 17:44

Boletim genômico identifica 12 linhagens do coronavírus no Rio Grande do Sul

Ficar em casa e sair só para o essencial, usando máscara nas ruas e locais públicos, segue sendo a recomendação para evitar aumento do contágio

Ficar em casa e sair só para o essencial, usando máscara nas ruas e locais públicos, segue sendo a recomendação para evitar aumento do contágio


LUIZA PRADO/JC
Adriana Lampert
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado brasileiro com maior variação entre cepas do novo coronavírus, com 12 linhagens, segundo relatório do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretária Estadual de Saúde (SES). São Paulo e Rio de Janeiro, com 26 e 16, respectivamente, são os estados que apresentam o maior número de linhagens, segundo dados da Rede Genômica da Fiocruz, que analisa informações fornecidas por pesquisadores de todo Brasil.
O Rio Grande do Sul é o terceiro estado brasileiro com maior variação entre cepas do novo coronavírus, com 12 linhagens, segundo relatório do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) da Secretária Estadual de Saúde (SES). São Paulo e Rio de Janeiro, com 26 e 16, respectivamente, são os estados que apresentam o maior número de linhagens, segundo dados da Rede Genômica da Fiocruz, que analisa informações fornecidas por pesquisadores de todo Brasil.
No total, 220 amostras de pessoas que moram em 53 municípios do Estado foram coletadas desde o início da pandemia de Covid-19 (em março do ano passado) por laboratórios gaúchos. O Laboratório Central (Lacen) e o Laboratório da Universidade Feevale, entre outros, atenderam pessoas de ambos os sexos e faixa etária variada, até os 86 anos.
Conforme boletim genômico do CEVS/SES divulgado na manhã desta quarta-feira (3), dentre as 12 linhagens de SARS-CoV-2 identificadas no Estado, a P2 é predominante e está associada à diminuição de internações em UTIs dos hospitais. A cepa detectada em Manaus não foi encontrada. "Isso não quer dizer que não exista, somente que não foi identificada", pondera a diretora do Centro de Vigilância em Saúde, Cynthia Molina. "É importante destacar que esta nova variação pode chegar ao Rio Grande do Sul, trazida por qualquer pessoa assintomática que embarque em um voo de negócios de São Paulo para cá, por exemplo", completa.
A diretora do CEVS/SES avalia que o fato de o Estado ter apresentado várias linhagens se dá porque o número de amostras testadas também foi grande. "Se o Rio Grande do Sul é o terceiro em número de linhagens é porque também é o terceiro em coleta de amostras", destaca. Cynthia destaca que a "amostragem por conveniência não permite extrapolar a frequência com a real proporção das linhagens na população" - ou seja: não representa a totalidade das pessoas contagiadas no Estado.
Ela explica também que as mutações são muito frequentes, e as variações não representam necessariamente uma alteração no comportamento do vírus. "As diferentes linhagens são identificadas pelas combinações entre as mutações que permanecem ao longo do tempo", informa. "Quando afirmamos que dois vírus pertencem à mesma linhagem, significa que há um ancestral em comum entre eles", explica. De acordo com a diretora do CEVS/SES, as mutações são silenciosas, e em algum momento podem modificar seu comportamento.
"Só conseguimos perceber esta alteração (novo comportamento do vírus) quando há um somatório de mudanças represente um novo comportamento do vírus, o que por sinal é um processo comum na natureza, isso acontece o tempo todo", releva. "Mas como estamos vendo estas variações ocorrerem, o ideal é que as pessoas redobrem os cuidados (para evitar se contaminar e infectar outros indivíduos), evitando aglomerações, como fizeram no início da pandemia", aconselha Cynthia.
Ela afirma que, apesar de já se considerar que as variantes são transmitidas com maior facilidade (provocando um aumento de casos), ainda não se sabe se são mais graves que a primeira linhagem do vírus. As amostras foram coletadas desde o início da pandemia de Covid-19 no RS por laboratórios gaúchos, como o Laboratório Central (Lacen) e o Laboratório da Universidade Feevale, entre outros. 
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