O mês de dezembro foi o mais mortal da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, com números que superaram de longe os dos meses de julho e agosto, quando a crise sanitária parecia ter atingido seu ápice no Brasil. Os números de janeiro, ainda sem o término do mês, indicam uma melhora no quadro. No entanto, o primeiro mês de 2021 é o segundo mais letal até agora.
O último mês de 2020 foi, de longe, o mais trágico da pandemia no Estado. Com 1.972 mortes causadas pelo novo coronavírus, dezembro teve uma média diária de 63,6 óbitos pela Covid-19 no RS.
Com dados relativos a 24 dias, janeiro de 2021 tem números, até o momento, melhores do que o mês que o antecedeu. Os indicadores, no entanto, ficam em segundo entre os piores na análise mês a mês da pandemia. Um total de 1.394 gaúchos já perderam a vida neste ano em razão do vírus Sars-Cov-2. Isso dá uma média de 58 óbitos por dia.
Com início discreto em março, o novo coronavírus foi ampliando sua mortalidade com o passar dos meses, atingindo seu ápice, até então, nos meses de julho, agosto e setembro. Outubro e novembro foram de considerável queda nas mortes em comparação com os períodos anteriores, no que parecia ser o início do fim da crise.
No entanto, dezembro veio para acelerar os contágios e os óbitos, e mostrar que a atenção com a higiene, o isolamento social, o uso de máscara, entre outras medidas, não podem ser relaxadas. Em janeiro, a chegada da vacina trouxe um alento, mas os dados mostram que ainda é cedo para deixar os cuidados de lado.
Atualmente, o Rio Grande do Sul tem 528.045 casos confirmados de contaminação pelo novo coronavírus. Desses, 123.249 foram diagnosticados em dezembro – média de 3.975 casos por dia. Isto é, 23,3% de todas as infecções oficiais no Estado se deram apenas no último mês de 2020. Em 2021 já foram registrados 76.133 casos – média de 3.172 casos diários.