O cenário da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul não para de piorar. Dia após dia, os números de pacientes hospitalizados em razão da Covid-19 aumentam, pressionando os hospitais e exigindo novas medidas para tentar dar conta da demanda crescente por atendimento médico. Nesta quarta-feira (25), o Estado voltou a bater o recorde de pessoas internadas por causa da pandemia, tanto em leitos clínicos quanto em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs).
O recorde anterior havia sido superado na quarta-feira (24).
Se, na terça-feira (24), os hospitais gaúchos chegaram ao ápice de ocupação de seus leitos clínicos (1.101 pacientes) e intensivos (749 pacientes) com pessoas diagnosticadas com a Covid-19, no dia seguinte, na quarta-feira (25), esses números foram superados mais uma vez. Conforme monitoramento do Comitê de Dados do Estado, o Rio Grande do Sul chegou a 1.147 pessoas em leitos clínicos, além de outras 759 em UTIs com a doença.
A escalada da pandemia no Estado é exponencial desde o início do mês. No dia 2 de novembro, o total de hospitalizados em leitos clínicos era de 659 pessoas. Ou seja, um aumento de 74% nas internações de pacientes em estado não grave em 23 dias. No caso da ocupação dos leitos de UTI, o número de hospitalizados no período passou de 551 para 759 – um crescimento de 37,7%.
Somente nos últimos sete dias, houve um acréscimo de 95 pacientes internados em leitos intensivos no Rio Grande do Sul. Em leitos clínicos, são 136 pessoas a mais em uma semana.
Separando a análise por macrorregiões, nas últimas três semanas, no Centro-Oeste gaúcho, o número de internados por Covid-19 em UTIs cresceu 46,1% (39 para 57). Já na região Metropolitana de Porto Alegre, o crescimento foi de 26,9% (334 para 424). Nas Missões, o total de hospitalizados em leitos intensivos ficou estável, crescendo somente 2,5% (40 para 41), enquanto na região Norte do Estado o aumento foi de 51,1% (43 para 65). Na Serra, por sua vez, o incremento foi de 54,5% (66 para 102). Por fim, na região Sul gaúcha, o aumento foi de 66,6% (18 para 30), enquanto na região dos Vales, foi de 53,8% (26 para 40).