A partir desta terça-feira (21), oito regiões do Rio Grande do Sul entram em bandeira vermelha na 11ª semana do distanciamento controlado: Capão da Canoa, Taquara, Novo Hamburgo, Canoas, Porto Alegre, Palmeira das Missões, Passo Fundo e Caxias do Sul. Já 10 regiões tiveram recursos atendidos e ficam em bandeira laranja - Santa Maria, Uruguaiana, Santo Ângelo, Cruz Alta, Ijuí, Santa Rosa, Erechim, Santa Cruz do Sul, Lajeado e Cachoeira do Sul -, somando-se às regiões de Pelotas e Bagé, que seguem com a classificação laranja por mais uma semana. A nova configuração do mapa do Estado foi divulgada na tarde desta segunda-feira (20), após análise do governo do Estado de
59 pedidos de reconsideração de grau de risco oriundos de prefeituras e associações de municípios.
Pela radiografia do Estado na semana de 21 a 27 de julho, 7,19 milhões de gaúchos (63,6%) ficam sob restrições de bandeira vermelha, em 252 cidades. Desses municípios, 120 não registraram óbitos nem aumento de internações na última semana e poderão adotar critérios da bandeira laranja, mesmo estando em regiões de alto risco. A medida beneficiará 620 mil pessoas (5,5% da população) com menor grau de restrições às atividades e circulação. Na sexta-feira (17), o
mapa preliminar apontava bandeira vermelha em 18 das 20 regiões do Estado.
De acordo com o governado Eduardo Leite, as análises recursais atendidas se basearam em melhorias ou estabilidade nos números referentes a óbitos, internações, ocupações de leitos hospitalares e de UTIs nas regiões que voltaram à bandeira laranja. Já as que permaneceram com alto risco no distanciamento, os indicadores permaneceram altos e preocupantes, principalmente na Regiões de Capão da Canoa, Novo Hamburgo, Canoas e Porto Alegre, que enfrenta aumento progressivo nas ocupações de leitos por pacientes com Covid-19. "Essas regiões tiveram agravamento nos indicadores ou mantiveram risco elevado e mantêm oferta de leitos em níveis preocupantes", disse.
Foram indeferidos recursos das regiões de Taquara, Passo Fundo, Caxias do Sul e Palmeira das Missões. Outros cinco pedidos de análise foram prejudicados por serem de municípios enquadrados na regra 0-0 de óbitos e internações e 18 recursos por serem de cidades beneficiadas pela mudança de bandeira da região. Um total de 19 recursos individuais de prefeituras acabaram indeferidos.
Apesar da nova configuração do mapa, a coordenadora do Comitê de Dados do Governo do Estado, Leany Lemos, disse que o Rio Grande do Sul é um dos cinco menores estados em taxa de óbitos por 100 mil habitantes. "Até o momento estamos conseguindo evitar tragédias como ocorreram de outros lugares. Por isso, é importante ficar em casa sempre que possível, é todo um processo que tem protegido a sociedade", ressaltou.
O governador informou ainda alteração em protocolos dos setores que incluem serviços agropecuários e de higiene e hospedagem de animais (petshops), que terão ampliação no teto de operação nas regiões em baNdeira vermelha, permitindo comércio em sistema pague e leve.