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Saiba como funcionará o distanciamento controlado no Rio Grande do Sul
Medida estabelece protocolos diferentes para cada região do Estado e começa a valer nesta segunda-feira (11)
O governo do Estado anunciou, neste sábado (9), um novo modelo de prevenção à pandemia do novo coronavírus e mitigação dos seus efeitos econômicos no Rio Grande do Sul. A política é chamada de distanciamento controlado e consiste na atribuição de bandeiras de quatro cores (amarela, laranja, vermelha e preta) de acordo com a propagação da doença e a capacidade do sistema de saúde a cada uma das 20 regiões pré-determinadas. Cada cor representa um protocolo, com uma série de regras a serem seguidas.
O Decreto nº 55.240, que estabelece o modelo, será publicado no domingo (10) e passa a valer oficialmente a partir desta segunda-feira (11) em todo o território gaúcho. O monitoramento será semanal. Todo sábado, o Executivo estadual vai atualizar e divulgar as bandeiras de cada região. Elas passarão a valer sempre a partir da segunda-feira seguinte e a cor definirá a retomada ou fechamento das atividades econômicas e o ritmo de circulação de pessoas.
Estão mantidos, no entanto, os protocolos obrigatórios em todo o Estado. Eles valem para todas as bandeiras e envolvem regras como o uso de máscara e a proibição de aglomerações.
As regiões de cor amarela e laranja têm medidas menos restritivas. Já as de cor vermelha e preta têm mais restrições para o funcionamento do comércio, indústria e serviços nos municípios abrangidos.
O modelo é considerado bastante inovador e é pioneiro no Brasil. Mesmo assim, o governador Eduardo Leite salienta que não se trata de um afrouxamento das medidas. "É um modelo que trata cada região com a intensidade de restrição que ela precisa ter", explica Leite.
Durante a semana de 11 a 17 de maio, apenas a região de Lajeado seguirá os protocolos da bandeira vermelha, que estabelece, por exemplo, o fechamento de casas noturnas, academias de ginástica e do comércio varejista não essencial. Por enquanto nenhuma região tem bandeira preta.
O risco é calculado de acordo com o cruzamento de 11 indicadores consolidados em dois grandes grupos. O primeiro é a propagação, ou seja, a velocidade do avanço, estágio da evolução e incidência de novos casos sobre a população. O outro é a capacidade de atendimento da rede de saúde. O grau de risco é calculado com pesos diferenciados para cada indicador. A região de Passo Fundo, que tinha um dos cenários mais preocupantes até este sábado, passou para a bandeira laranja devido à queda na velocidade de propagação e à redução no número de óbitos para cada 100 mil habitantes de uma semana para outra. Esses indicadores têm peso mais alto no cálculo do que outros, explicou o diretor do Departamento de Economia e Estatística da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, Pedro Zuanazzi.
O projeto foi elaborado com a participação de prefeitos e representantes de entidades empresariais. A ideia é que o Estado consiga agir no local, no momento e na proporção da demanda, disse Leite. "O coronavírus está aí e permanecerá por mais alguns meses. Teremos de conviver com essa situação, e a imensa maioria da população ainda não entrou em contato com o vírus, ou seja, não tem sistema imunológico preparado para a doença. Se o vírus circular menos, exigirá menos do nosso sistema de saúde e, assim, conseguiremos prestar atendimento a todos que tenham necessidade", explicou o governador.
Embora o Rio Grande do Sul apresente uma situação menos preocupante quando comparada a estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Amazonas, Ceará ou Pernambuco, o governo gaúcho não deixa de estar vigilante. "Damos grande ênfase à prevenção e ao controle da evolução da Covid-19. Nossas equipes conseguiram construir um modelo que, certamente, dará à sociedade um espelho daquilo que vivemos e daquilo que queremos viver no futuro, reunindo a priorização da saúde sem deixar de lado as questões econômicas", ponderou a secretária Arita Bergmann.
Durante a Live em que Leite apresentou as novas medidas de prevenção para cada região do Estado, foi lançado, também, o site distanciamentocontrolado.rs.gov.br em que estão agrupadas todas as informações sobre o sistema de bandeiras. Nele é possível conferir a classificação de cada município e os protocolos a serem adotados de acordo com os segmentos econômicos.
De modo simplificado, as cores têm as seguintes indicações:
AMARELA – risco médio/baixo.
A região encontra-se com alta capacidade do sistema de saúde e baixa propagação da doença.
LARANJA – risco médio.
Significa que a região está com um dos dois cenários: média capacidade do sistema de saúde e baixa propagação do vírus ou alta capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus.
VERMELHA – risco alto.
A região encontra-se em um dos dois cenários: baixa capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus ou média/alta capacidade do sistema de saúde, porém alta propagação do vírus.
PRETA – risco altíssimo.
Região encontra-se com baixa capacidade do sistema de saúde e alta propagação do vírus.
A região encontra-se com alta capacidade do sistema de saúde e baixa propagação da doença.
LARANJA – risco médio.
Significa que a região está com um dos dois cenários: média capacidade do sistema de saúde e baixa propagação do vírus ou alta capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus.
VERMELHA – risco alto.
A região encontra-se em um dos dois cenários: baixa capacidade do sistema de saúde e média propagação do vírus ou média/alta capacidade do sistema de saúde, porém alta propagação do vírus.
PRETA – risco altíssimo.
Região encontra-se com baixa capacidade do sistema de saúde e alta propagação do vírus.