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Coronavirus

- Publicada em 06 de Abril de 2020 às 14:08

Marcopolo mantém férias coletivas mesmo com autorização para operar parcialmente

Na Marcopolo, voltaram às atividades 25% dos colaboradores dos turnos do dia e da noite

Na Marcopolo, voltaram às atividades 25% dos colaboradores dos turnos do dia e da noite


MARCOPOLO/DIVULGAÇAO/JC
Thiago Copetti
Apesar de decreto da prefeitura de Caxias do Sul, publicado na semana passada, autorizando indústrias da cidade a retornar aos trabalhos a partir de hoje, com limite de 25% da operação normal, fabricantes como a Marcopolo decidiram permanecer paradas por mais tempo.
Apesar de decreto da prefeitura de Caxias do Sul, publicado na semana passada, autorizando indústrias da cidade a retornar aos trabalhos a partir de hoje, com limite de 25% da operação normal, fabricantes como a Marcopolo decidiram permanecer paradas por mais tempo.
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Mais alinhada com empresas que defendem a manutenção, no momento, do isolamento horizontal como ferramenta para combater a pandemia, a fabricante gaúcha de ônibus segue com férias coletivas até ao menos o próximo dia 12, explica Rodrigo Pikussa, diretor do negócio do segmento de ônibus da Marcopolo. A fabricante da Serra decidiu, no dia 19 de março, conceder período de três semanas de férias coletivas a 10 mil funcionários, em todo o Brasil, a partir de segunda-feira seguinte (23). Do total, cerca de 8 mil são funcionários de plantas em Caxias do Sul.
“Na nossa visão manter um isolamento maior neste momento é um forma de colaborar. Temos férias coletivas até o dia 12 e demos seguir esse plano. Mais do que pressões econômicas, temos uma responsabilidade social de colaborar para o controle da pandemia. Vamos voltar com calma e apenas na hora em que considerarmos correto”, assegura Pikussa.
O executivo explica que visão de que, no momento, o isolamento horizontal é necessário vem, por exemplo, da China, onde a empresa tem unidade. E também com os aprendizados da Europa e até do Brasil no atual processo.
“Óbvio que queremos e precisamos retornar, mas com cautela e priorizando as pessoas. Não definimos data para o retorno, mas não será antes do dia 12. Em teoria, poderíamos voltar no dia 13, mas temos que avaliar uma série de questões. Temos um quadro muito grande de pessoas, e dependemos de pessoas saudáveis para trabalhar, não só nesse momento, mas em toda a continuidade da organização no futuro”, diz Pikussa.
O executivo lembra, ainda, que o retorno parcial tem implicações logísticas, de produção, necessidades de insumos e ouras limitações que talvez não tornem o retorno viável.
“E ainda temos que avaliar muito o cenário da doença e da interdependência das diferentes etapas da produção, assim como funcionamento de unidades em outros Estados, como no Rio de Janeiro”, acrescenta o diretor da Marcopolo.
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