A ideia de criar um serviço de entrega de kits de hortifrutigranjeiros a partir da queda da renda da família tem gerado uma série de sentimentos na engenheira civil Nilana Negreiros Mitida, 26 anos. Preocupada com o negócio dos pais, Joana Maria Negreiros Mitida e Nilo Hiroyuki Mitida, ela tomou a iniciativa há duas semanas, e já conta com uma demanda que vai além da capacidade da semanal. “Estou muito feliz porque deu certo, e esperançosa de poder ajudar muitas pessoas, além dos meus pais. Em vista do isolamento social adotado pelo Estado e o Município para o combate da disseminação do Covid-19, muitas pessoas sequer podem sair de casa, a exemplo de adultos com mais de 60 anos”, argumenta Nilana. Segundo ela, o projeto está ganhando corpo e já conta com outros seis agricultores no fornecimento dos produtos.
Produzidas na Colônia Japonesa de Itapuã pelos pais de Nilana, folhas verdes, como alface e couve, são apenas alguns dos itens disponíveis no kit de hortaliças, que custa R$ 55,00 já com taxa de entrega inclusa. Outros 17 alimentos entram na lista, entre os quais: cenoura, batata, berinjela, maçã, limão e bananas. Os pedidos são feitos via direct pelo Instagram (@telefeira) e são entregues por região, uma vez por semana. “Estamos trabalhando para conseguir atender a todos da melhor maneira possível. Não esperávamos toda esta repercussão”, comenta feliz a engenheira civil. Segundo ela, em apenas quatro dias a demanda já havia alcançado o número de 500 kits. As encomendas para as semanas dos dias 13 e 21 de abril já estão esgotadas. “Mas já abrimos a agenda de encomendas para maio”, informa Nilana.
“Agora, estamos nos organizando para que possamos ajudar mais pessoas ainda com essa iniciativa, uma vez que outros agricultores – que antes forneciam para restaurantes agora fechados – também estão com mercadorias paradas”, comenta Nilana. Este foi o caso dos pais da engenheira, que viram os pedidos das empresas diminuírem drasticamente. “Poucas estão funcionando desde que iniciou a quarentena, e somente por delivery, que também não estão com muita demanda.”