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Marcopolo dá férias coletivas em função da pandemia
Os 10 mil funcionários ficarão em casa por três semanas a partir da segunda-feira
A Marcopolo decidiu conceder período de três semanas de férias coletivas para seus 10 mil funcionários, em todo o Brasil, a partir de segunda (23). Do total, 8 mil são funcionários de plantas em Caxias do Sul. Os demais estão alocados nas fábricas de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e São Mateus, no Espírito Santo. Até o início da noite, a empresa não havia confirmado a medida, mas comunicado que circulou em redes sociais indica que todos os envolvidos serão informados pelos canais oficiais e que a decisão foi tomada considerando o valor respeito e valorização das pessoas.
Ontem (18), a Marcopolo e as Empresas Randon liberaram comunicado conjunto informando que desde janeiro vêm adotando medidas de precaução, que foram se intensificando de acordo com a evolução da doença. Informaram que, em razão do cenário atual, avançariam em planos de contingência. Desde esta quarta-feira (18) pessoas de grupo sensível que sejam imunodeprimidas, asmáticas, hipertensas, cardíacas, diabéticas, com câncer, com mais de 60 anos e gestantes, estão sendo avaliadas. Segundo as empresas, seriam cumpridas as determinações médicas. Para colaboradores que não tenham com quem deixar seus filhos, nos casos de escolas que não estejam funcionando, as empresas avaliarão cada caso. Ainda indicaram a ampliação do home office.
Também apontaram uma série de outras medidas em andamento, como envio de máscaras e termômetros para os colaboradores da China, e cancelamento de viagens internacionais, medida estabelecida desde o início de março, e restrição às nacionais e regionais, principalmente nos casos de cidades em que há contágio comunitário. Os encontros presenciais, como reuniões e treinamentos, estão sendo substituídos por videoconferências, enquanto eventos internos e externos realizados pelas empresas foram cancelados ou postergados.
Também são citadas medidas de fornecimento de álcool em gel para os colaboradores, principalmente em restaurantes, acessos e vestiários, e reforço na higienização dos espaços compartilhados. Também há acesso restrito para visitas presenciais nas empresas.
Entidades definem estratégias para trabalhadores da indústria metalúrgica
O Comitê de Crise, formado pelos sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) e dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, e por representante da Secretaria do Trabalho do Ministério da Economia, definiu na tarde de quarta (18), medidas que buscam auxiliar o setor a atuar na prevenção da saúde dos trabalhadores e na sustentabilidade das empresas.
A recomendação do comitê é de afastamento de pessoas que integram o grupo de risco (maiores de 60 anos, gestantes e portadores de doenças crônicas) e pais que não tenham com quem deixar os filhos em razão do fechamento das escolas. As alternativas para esse grupo são a realização de home office, em casos de ocupações administrativas, banco de hora, regime de compensação extraordinária, férias individuais e coletivas, e flexibilização.
O comitê orienta também que viagens nacionais e internacionais sejam canceladas. As entidades ainda enviarão ofício aos órgãos públicos, solicitando a criação de Fundo de Apoio. O comitê reforça a importância da atuação em conjunto das entidades para orientar e sensibilizar empresas e trabalhadores a seguir, de acordo com as necessidades, medidas de prevenção para a redução dos impactos do Covid19.
A reunião contou com as presenças do presidente do Simecs, Paulo Spanholi, e do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo, e do gerente regional do Ministério do Trabalho de Caxias do Sul, Vanius Corte. Ao final, foi assinada a Convenção Coletiva de Trabalho em Caráter Extraordinário Emergencial.